Na noite de segunda-feira, 9 de junho de 2025, o advogado Matheus Milanez, defensor do general da reserva Augusto Heleno, solicitou o adiamento do início da audiência marcada para a manhã do dia seguinte. O pedido foi feito com base na necessidade de tempo para realizar tarefas básicas, como levar o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para casa, garantir uma refeição e descansar antes da retomada dos trabalhos.
O requerimento ocorreu ao final de um longo dia de compromissos jurídicos, quando já se aproximavam das 20h. A próxima sessão estava agendada para começar às 9h da manhã da terça-feira, o que, segundo o advogado, deixaria pouco tempo para atividades essenciais como alimentação, deslocamento e preparação. Milanez enfatizou que a defesa precisava de uma pausa adequada para preservar a integridade física e mental tanto do cliente quanto da própria equipe.
O general Augusto Heleno é um dos principais alvos de apurações que envolvem antigos membros do alto escalão do governo Bolsonaro. Sua participação em audiências tem gerado grande interesse público e midiático. A maratona de depoimentos, somada à intensidade dos procedimentos, tem gerado um ritmo desgastante para todos os envolvidos.
Embora o conteúdo do pedido não trate diretamente das provas ou da linha de defesa, ele evidencia as dificuldades logísticas enfrentadas em processos dessa magnitude. O advogado argumenta que a defesa deve ter garantidas condições mínimas de preparo e atenção, o que inclui alimentação e descanso. A extensão das sessões, muitas vezes indo além do horário previsto, tem tornado comum esse tipo de solicitação em casos complexos.
O episódio reacende a discussão sobre a forma como o sistema judicial conduz audiências prolongadas. Processos com grande repercussão e número elevado de envolvidos frequentemente resultam em sessões extensas, que exigem resistência física e foco contínuo dos participantes. Advogados, réus, magistrados e servidores enfrentam jornadas longas, o que levanta questionamentos sobre a eficácia e a humanização dessas práticas.
A solicitação feita por Milanez ainda aguardava resposta até o final da noite de segunda-feira. Independentemente da decisão sobre o adiamento, a situação chamou atenção pela dimensão humana que envolve os bastidores de um processo judicial de alta visibilidade. O simples fato de pedir tempo para jantar e descansar ganhou destaque por refletir as pressões do ambiente jurídico diante de casos com enorme exposição.
Augusto Heleno segue como um dos nomes centrais nas investigações que cercam a atuação de ex-membros do governo anterior. O andamento do processo continuará sob vigilância intensa de autoridades, analistas e da opinião pública, enquanto novas etapas da apuração se aproximam.
Fonte: pensandodireita.com