A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) autuou e retirou de circulação mais três ônibus da Veleiro durante uma fiscalização nesta quinta-feira (23). Segundo os fiscais, os veículos estavam fazendo irregularmente linhas que tinham sido cedidas para operação de outras empresas depois que outros 49 ônibus da empresa foram lacrados.
Por meio de nota ao G1, a Veleiro informou que a acusação é leviana e ofensiva. A empresa diz ainda que “vem sendo perseguida de forma descarada pela SMTT, que, nos últimos dias, retirou suas linhas e as transferiu para as demais empresas com o fundamento de que a frota possuía mais de 10 (dez) anos” e que “todas as empresas do setor de Transporte Público de Maceió/AL possuem ônibus com mais de 10 (dez) anos e, mesmo assim, somente a empresa Veleiro teve todos os veículos com idade superior a 10 (dez) anos lacrados” (leia na íntegra ao final do texto).
De acordo com a SMTT, os veículos estavam fazendo o itinerário das linhas 907 – Trapiche/Ufal; 213 – Vergel/Ponta Verde (Via Avenida); e 201 – Circular I.
A SMTT classificou a irregularidade como transporte clandestino de passageiros, uma infração de natureza grave, com multa no valor de R$ 293,47.
“Recebemos denúncias de usuários do SIMM de que essas viagens estavam sendo realizadas clandestinamente pela Veleiro. As equipes de monitoramento checaram pelo sistema de georreferenciamento e constataram a irregularidade. Após este procedimento, os fiscais foram encaminhados às ruas para autuar os coletivos por descumprimento da portaria. Todos os passageiros que utilizavam os carros da Veleiro foram embarcados em novos ônibus, sem pagamento de uma tarifa adicional. Os veículos clandestinos foram encaminhados ao pátio da Superintendência”, explicou Alexsandre Serafim, assessor técnico de Transportes da SMTT.
A concessão das linhas foi oficializada por meio de portaria no Diário Oficial às empresas Real Alagoas, Cidade de Maceió e São Francisco.
Leia abaixo a íntegra da nota da Veleiro:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Empresa Veleiro, sobre a acusação de que no dia 23 de janeiro de 2020 (quinta-feira) realizou transporte clandestino e, por isso, três veículos foram removidos, esclarece o seguinte:
A acusação, além de leviana é extremamente ofensiva, uma vez que a empresa Veleiro sempre combateu o transporte clandestino, inclusive, levando o assunto para discursão com a SMTT, porém, sem solução alguma por parte da Superintendência.
A bem da verdade, a empresa Veleiro vem sendo perseguida de forma descarada pela SMTT, que, nos últimos dias, retirou suas linhas e as transferiu para as demais Empresas com o fundamento de que a frota possuía mais de 10 (dez) anos.
A perseguição fica mais evidente, quando se observa que todas as empresas do setor de Transporte Público de Maceió/AL possuem ônibus com mais de 10 (dez) anos e, mesmo assim, somente a empresa Veleiro teve todos os veículos com idade superior a 10 (dez) anos lacrados.
Em outra empresa, a SMTT apenas lacrou parte da frota com mais de 10 anos, enquanto não se tem notícia de qualquer providência no sentido, ainda, que parcial, em relação as demais empresas, apesar de, segundo relatório fornecido pela própria SMTT, o sistema todo contar com 170 (cento e setenta) veículos com idade superior há 10 (dez) anos.
Recentemente o Superintendente da SMTT se manifestou de que os veículos lacrados teriam a idade superior a 12 (doze) anos e não mais a 10 (dez) anos, contrariando o próprio edital. Porém, todos os autos de retenção da Veleiro são por possuírem mais de 10 (dez) anos, lembrando que a Empresa Veleiro possui veículos abaixo de 12 (doze) anos e, mesmo assim, se encontram lacrados!
É importante ressaltar que a perseguição, estranhamente, teve seu começo quando a Empresa Veleiro representou a SMTT junto ao TCE.
Por fim, e para piorar a situação, é importante consignar que a SMTT retirou as linhas mais rentáveis e as transferiu para as demais Empresas, ficando nítida, ainda, a intenção de asfixiar financeiramente a Veleiro, apesar dela atuar, sempre, com legalidade, probidade e transparência junto a referida Superintendência, principalmente, na tentativa de solucionar os problemas que vem enfrentando desde 2016.
A Empresa Veleiro lamenta, veemente, a postura da SMTT e informa que está tomando todas as providências cabíveis, inclusive, representando o Superintendente da SMTT, senhor Antônio Moura, por improbidade administrativa, bem como na esfera cível e criminal.
Fonte:G1