Moradores dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto se espalharam pelo Ginásio do Centro de Desporto e Recreação Professora Cleonice de Barros Lima, no Cepa, em Maceió, nesta terça-feira (14) para participar da audiência pública para esclarecer os termos do acordo que ampliou áreas de risco nos bairros afetados pela mineração
Os moradores entraram no ginásio, assinaram a lista de presença e se acomodam, muitos ocupando lugares na arquibancada e outros em cadeiras. Eles também receberam uma folha para colocarem suas questões e perguntas para as autoridades.
Antes do evento começar, o cenário no ginásio era de pessoas apreensivas, muitas com olhares de expectativa.
“Com fé em Deus isso vai ser resolvido, a gente tá enfrentando essas coisas, mas confiando, gritou uma morada não identificada após a assinar a lista de presença.
Por volta das 17h, os moradores cobraram o início da audiência. Eles bateram palmas e gritaram “começa, começa”. As autoridades começaram a falar por volta das 18h. O representante do Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) reforçou que nas reuniões realizadas antes da audiência não houve participação de políticos e nem de associações, os únicos a participar foram as autoridades que estão presentes no evento desta terça.
O consultor imobiliário Deraldo Tenório, 62 anos, morou por 10 anos no conjunto Divaldo Suruagy, no Pinheiro. Ele foi um dos moradores que compareceu à audiência pública em busca de solução para o problema.
“Nós saímos do nosso apartamento, tivemos que sair, desocupação total. Hoje eu moro na Serraria. Somos quatro pessoas, eu, minha esposa, meu filho e minha filha. Eu espero que a partir de hoje com essa reunião com todos os moradores que venham realmente resolver o nosso problema ou nos indenizar ou comprar outro apartamento. A gente quer uma solução para o problema. Somos quatro pessoas, eu, minha esposa, meu filho e minha filha”, disse Deraldo Tenório.
“A gente não poderia ficar num local com essa temeridade. Você podia sofrer um dano maior. Apartamentos rachando, na rua principal tudo rachando. A gente teve que sair. Pagamos a fiança. A fiança não me pagaram. Eu estou recebendo o aluguel social, com os mil reais eu pago o apartamento. Espero que nos indenizem ou construam em outro local” complementou o morador.
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Morador do Pinheiro, Deraldo Tenório, compareceu à audiência pública em Maceió — Foto: Jamerson Soares/ G1
Patricia Maria da Silva, 32 anos, mora no Mutange há aproximadamente 14 anos, e também foi à audiência.
“A gente não dorme direito. Tudo com medo de acontecer alguma coisa. Todos aperreados. Vou trabalhar e meus filhos ficam com a minha mãe e eu fico com medo” disse a moradora do Mutange.
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Moradora do Mutange, Patrícia Maria da Silva, compareceu à audiência pública em Maceió, AL — Foto: Jamerson Soares/G1
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Moradores de bairros de Maceió, AL, com rachaduras em audiência pública na capital — Foto: Jamerson Soares/G1
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Moradores de bairros afetados por mineração em audiência pública em Maceió — Foto: Jamerson Soares/G1
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Moradores de bairros com rachaduras em audiência pública em Maceió, AL — Foto: Jamerson Soares/G1
Fonte:G1