Cinco policiais da cidade americana de Dallas foram mortos e outros seis feridos por pelo menos dois franco-atiradores durante protestos contra a morte de dois homens negros pela polícia na noite desta quinta-feira (7), informaram autoridades.
Durante a madrugada, a polícia fez um cerco a um homem armado em um edifício-garagem. Houve troca de tiros e, segundo a mídia americana, esse homem teria sido morto. Outras três pessoas foram detidas.
O tiroteio começou por volta das 20h45 (22h45 de Brasília) quando manifestantes protestavam pela cidade.
Os protestos foram deflagrados pelas mortes de Philando Castile, em Minnesota, e Alton Sterling, em Louisiana.
O chefe de polícia de Dallas, David Brown, disse que o principal suspeito teria dito a negociadores das autoridades “que o fim está chegando e que ele vai ferir e matar mais de nós, e que há bombas em todo o lugar no edifício-garagem e no centro da cidade”.
A imprensa local diz que houve uma forte explosão no local, mas a informação não foi confirmada pela polícia.
Brown afirmou que uma mulher que estava perto do homem está sendo interrogada.
A polícia acrescentou ainda que policiais interceptaram um carro depois de uma pessoa lançar uma bolsa camuflada da parte de trás do veículo e fugirem. Dois ocupantes estão sendo interrogados.
Segundo Brown, todos os suspeitos estavam atuando juntos, usando rifles para realizar ataques enquanto o protesto acontecia.
“Ainda não sabemos se conseguimos deter todos os suspeitos”.
Mais cedo, ele disse que 11 policiais haviam sido alvos de uma emboscada por um franco-atirador. Três deles morreram. Posteriormente, a polícia de Dallas tuitou a morte de um quarto policial. Em seguida, a Associação de Polícia de Dallas confirmou a quinta morte.
Segundo a polícia, dois franco-atiradores atiraram de “posições elevadas” durante o protesto.
“Acreditamos que esses suspeitos estavam posicionados de forma a ter um bom ângulo desses policiais de duas posições elevadas diferentes…e planejavam ferir e matar quantos fossem possíveis”, disse Brown.
O prefeito de Dallas, Mike Rawlings, descreveu o incidente como “um momento desolador para a cidade”.
Um dos organizadores do protesto, o reverendo Jeff Hood, disse que os manifestantes buscaram proteção quando o tiroteio começou.
“Eu fugi dos tiros tentando tirar as pessoas das ruas e ao mesmo tempo apalpava o meu corpo para saber se havia sido ferido”, disse ele ao jornal local Dallas Morning News.
Mais cedo, a polícia divulgou a imagem de um homem com um rifle apoiado sobre o seu ombro, alegando que ele era um dos suspeitos. Logo depois, tuitou que ele havia se entregado. Mas em entrevista à imprensa local seu irmão disse que ele não estava envolvido no incidente.
BBC Brasil