O senador Eduardo Girão manifestou preocupação, em entrevista à TV Senado, sobre o projeto que está prestes a ser votado naquela Casa e que prevê a ampliação do número de deputados federais. Ele destacou que a proposta já passou pela Câmara dos Deputados e, se não houver uma forte pressão popular, deverá ser aprovada no Senado.
Segundo o parlamentar, muitos cidadãos o procuraram expressando revolta diante do que classificou como um “absurdo” e um desrespeito à população brasileira. Ele explicou que o aumento do número de parlamentares não impacta apenas o Congresso, mas também trará consequências para os estados, que terão de aumentar o quadro de deputados em suas assembleias legislativas, o que ele estima custar mais de 800 milhões de reais aos cofres públicos.
Girão ressaltou que essa elevação no custo será paga pela população, por meio dos impostos, e fez um apelo para que a sociedade se mobilize e entre em contato com os senadores, utilizando redes sociais, e-mails e outros canais, para pedir o voto contrário ao projeto.
O senador criticou ainda a postura do governo federal, sugerindo que o presidente está disposto a sancionar a medida sem preocupação, já que não será ele quem arcará com os custos, mas sim o cidadão comum.
Ele também destacou a dificuldade de barrar o projeto, lembrando que o Senado frequentemente ignora as demandas populares em temas como esse, e que a votação deve acontecer agora, pois dificilmente será discutida novamente. Por isso, reforçou a importância da pressão pública neste momento.
Girão afirmou que, com a mobilização da sociedade, já foram conquistadas vitórias importantes em outras ocasiões e se mostrou confiante de que, com o apoio da população, será possível impedir a aprovação do aumento no número de deputados, classificando o projeto como uma forma de “estelionato eleitoral”.
A proposta prevê o aumento do número de deputados federais, o que resultará em maior custo para o Legislativo e, consequentemente, para o orçamento público. Além disso, o aumento também afetará as assembleias estaduais, que terão que ampliar suas bancadas proporcionalmente, elevando ainda mais os gastos em nível estadual.
A iniciativa vem recebendo críticas de diversos setores da sociedade, que apontam que, diante da atual situação econômica e política do país, não faz sentido ampliar o número de parlamentares e os custos que isso implica. A preocupação principal é com o aumento da carga tributária para custear esses gastos extras.
A discussão sobre a quantidade de representantes no Congresso e a eficiência da representação política é antiga no Brasil, e muitos defendem que o foco deveria estar em melhorar o funcionamento das casas legislativas e a qualidade da representação, em vez de aumentar o número de parlamentares.
Com a votação marcada para breve no Senado, cresce a pressão para que os cidadãos se envolvam e façam valer a voz contra o projeto, buscando preservar as contas públicas e evitar que os custos com o Legislativo aumentem significativamente. O resultado desse debate pode impactar diretamente o orçamento do país e a relação entre eleitores e seus representantes.
Fonte: pensandodireita.com