Parece que, no Brasil, a nova estratégia jurídica é simples, direta e… pouco ortodoxa: ignore tudo, chute o balde e, se possível, acione o modo “dane-se”. Foi exatamente isso que fez o advogado Cezar Bitencourt, defensor de Mauro Cid, ao comentar a viagem da família do cliente para os EUA. Sem rodeios, mandou um sonoro “Dane-se o PGR”, como quem diz: processo? Lei? Ministério Público? Detalhes irrelevantes, quase burocráticos. Segundo ele, a vida do tenente-coronel segue “indiferente à existência do processo”. E a gente aqui, bobo, achando que Constituição, Código Penal e Ministério Público ainda valiam alguma coisa. Parece que, no teatro jurídico brasileiro, o roteiro agora é improviso — e sem pudor algum.
Fonte: cesarwagner.com