O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar contra sua inelegibilidade nesta quinta-feira (6), ao desembarcar em Brasília. Em declarações recentes, ele demonstrou insatisfação com a decisão da Justiça Eleitoral e rejeitou qualquer possibilidade de apoiar outro candidato na disputa presidencial de 2026.
Bolsonaro argumenta que sua exclusão das eleições representa um enfraquecimento da democracia e reitera que não pretende indicar um substituto. Segundo ele, apenas em caso de morte essa possibilidade poderia ser considerada. Sua posição reforça a postura adotada desde a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, que o proibiu de concorrer a cargos públicos até 2030.
Desde sua condenação, o ex-presidente tem mantido um discurso crítico ao Judiciário, alegando ser vítima de perseguição política. Apesar de inelegível, continua sendo um dos principais nomes da oposição e segue participando de eventos e encontros para mobilizar sua base de apoiadores. Suas falas frequentes sobre a situação política e as eleições demonstram que, mesmo fora da disputa, sua influência segue relevante no cenário nacional.
A declaração feita na chegada a Brasília ocorre em um momento de incerteza dentro da oposição. Sem Bolsonaro na corrida presidencial, aliados e lideranças do Partido Liberal (PL) buscam definir estratégias para 2026. Alguns nomes são cogitados como possíveis candidatos, mas o ex-presidente evita sinalizar apoio a qualquer um deles. Sua recusa em indicar um sucessor pode dificultar a unificação do campo conservador, enfraquecendo a direita na disputa contra o governo atual.
Mesmo sem poder concorrer, Bolsonaro usa suas aparições públicas para reforçar suas opiniões e se manter no centro das discussões políticas. Com discursos duros contra decisões judiciais e críticas ao governo, ele mantém sua base mobilizada. Seu futuro político ainda é incerto, mas sua capacidade de atrair apoio e influenciar o eleitorado conservador permanece significativa para as eleições de 2026.
A indefinição sobre a candidatura da oposição pode gerar desafios na construção de uma estratégia eleitoral eficaz. Sem um nome consolidado para liderar o grupo político alinhado a Bolsonaro, há risco de fragmentação entre diferentes lideranças da direita. Disputas internas podem comprometer a força do movimento conservador no próximo pleito.
O cenário eleitoral segue indefinido, e a postura de Bolsonaro de não apoiar outro candidato pode impactar diretamente o desempenho da direita nas urnas. Enquanto isso, o ex-presidente continua ativo politicamente, utilizando cada oportunidade para reafirmar sua posição e manter seus apoiadores engajados diante das incertezas sobre os rumos do país.
Fonte: pensandodireita