A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12) em Alagoas a segunda fase da Operação Geração Espontânea, que investiga crimes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A PF identificou fraude na concessão de pensões por morte que causou prejuízo estimado de R$ 12.926.052,81.
Nesta segunda fase, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas, sendo três cumpridos em União dos Palmares e um em Maceió. Também foi cumprida uma medida cautelar diversa da prisão expedida pela Justiça Federal.
A investigação aponta que um servidor do INSS selecionava os cadastros de segurados falecidos para servirem de instituidores de pensões por morte. Depois, os criminosos recrutavam pessoas, geralmente mulheres, que aceitavam a tarefa de servir como supostas genitoras de crianças fictícias.
Essas crianças eram criadas a partir de registros de nascimento ideologicamente falsos e passavam a figurar como dependentes do segurado falecido. Além das mensalidades, os benefícios concedidos geravam créditos retroativos que eram repassados à organização criminosa.
Na primeira fase da operação, deflagrada em junho deste ano, foram identificadas 119 pensões por morte concedidas com indícios de irregularidades, das quais 75 foram cessadas no decorrer das investigações como medida para estancar o prejuízo ao erário. Todos os benefícios contendo indícios de concessão estão sendo revisados pelo INSS.
G1