O presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou nesta terça-feira (7) da sugestão de especialistas da área da saúde para implantar o chamado passaporte de vacina nas fronteiras do país. As restrições seriam a àqueles que não tenham se imunizado contra a covid-19.
“Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, porra? De novo vai começar esse negócio? Ah, a ômicron. Vai ter um montão de vírus pela frente, de variantes talvez. Peço a Deus que esteja errado. Temos que enfrentar. Temos aqui o Braga Netto, ministro da Defesa, ninguém vai ganhar a guerra na trincheira. Chega do fique em casa e economia vê depois”, disse.
A declaração foi feita durante evento organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para apresentar propostas para a retomada da indústria e geração de emprego.
O ministro Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu, na segunda-feira (6), prazo de 48 horas para o governo explicar a ausência do comprovante de vacinação entre as exigências de passageiros que desembarcam nos aeroportos do país. O ministro proferiu o despacho em ação movida pela Rede Sustentabilidade.
“Ouso dizer, falam para não tocar no assunto de vacina. Nós disponibilizamos para quem quisesse, mas hoje em dia, já sabemos, quem toma vacina pode contrair o vírus e pode transmitir o vírus e pode morrer também, infelizmente”, disse Bolsonaro.
No discurso, o chefe do Executivo voltou a defender indiretamente medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a covid-19. “Falei de um possível medicamento, né? Eu tomei e deu certo. E logo em seguida destruíram o que é mais importante para o médico: a sua autonomia.”
Bolsonaro também afirmou que a pandemia está chegando ao seu momento final. “Pelo que tudo indica, tem a vacina que está aí, tem a imunidade de rebanho que está aí, estamos chegando ao final dessa pandemia, peço a Deus que estejamos todos certos.”
Confirmaram presença no almoço, segundo a confederação, 15 ministros do governo. Os ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores), Braga Netto (Defesa) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) foram convidados para compor o palco. Os chefes da Defesa e da Infraestrutura subiram no espaço de destaque de última hora, a pedido do chefe do Executivo. Congressistas e empresários estiveram na cerimônia, no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), em Brasília.
Fonte: TerraBrasilNoticias