A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre um esquema que pode ter desviado cerca de R$ 6,5 bilhões dos benefícios pagos pelo INSS a aposentados e pensionistas. Entre as entidades envolvidas, uma delas tem ligações com Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocupa o cargo de vice-diretor de um sindicato suspeito de participar da fraude.
Os detalhes da investigação mostram que o sindicato em questão arrecadou milhões de reais entre 2019 e 2024, e, em 2024, recebeu da União mais de R$ 154 milhões, valor que superou em muito o que foi identificado pela Controladoria Geral da União. A investigação aponta que um dos problemas centrais da fraude foi o descumprimento das normas de validação dos descontos associativos por meio de biometria facial, o que facilitou a execução dos desvios. O sindicato não implementou adequadamente o sistema de verificação biométrica, permitindo que os descontos fossem realizados sem a devida autorização dos beneficiários.
Em vez de seguir o protocolo de segurança, os envolvidos no esquema usaram imagens públicas encontradas na internet, como fotos em redes sociais, para validar os descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Essa prática permitiu que documentos e fotos digitalizadas fossem usados como se fossem provas válidas, sem qualquer verificação real da identidade do beneficiário, permitindo que os recursos fossem desviados para os sindicatos.
O esquema foi possível devido a uma brecha na legislação, onde uma instrução normativa autorizava a busca de imagens de beneficiários em fontes públicas, como bancos de dados e redes sociais, para validar os descontos. Isso resultou em um sistema fraudulento, no qual imagens de pessoas eram utilizadas sem sua autorização para realizar descontos de valores de seus benefícios, sem que eles tivessem conhecimento disso.
As investigações indicam que as entidades envolvidas não cumpriram as normas estabelecidas para a validação dos descontos e, em vez de implementarem a biometria facial de maneira adequada, buscaram soluções alternativas que facilitaram a fraude. Alega-se que o sistema de biometria facial ainda não estava completamente implementado, mas as entidades optaram por explorar essa falha, o que resultou em grandes desvios de recursos.
A inclusão de Frei Chico no caso, por sua posição de liderança no sindicato investigado, gerou discussões, principalmente pelo vínculo político com o presidente Lula. Apesar de ele negar envolvimento direto nas fraudes, a associação política trouxe mais atenção ao caso, considerando sua proximidade com o governo.
A investigação continua, com a Polícia Federal aprofundando a apuração sobre o envolvimento de outros membros dessas entidades. O esquema expôs falhas no controle dos benefícios pagos pelo INSS, que permitiram o desvio de recursos públicos destinados aos aposentados e pensionistas, prejudicando aqueles que dependem desses valores para sobreviver.
Fonte: pensandodireita.com