A Polícia Civil, em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desarticulou um plano de ataque a bomba que seria executado durante o show gratuito da cantora Lady Gaga na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A “Operação Fake Monster” resultou na prisão de um homem no Rio Grande do Sul e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro, ambos apontados como integrantes de um grupo extremista investigado por recrutar pessoas, inclusive menores de idade, para a realização de ataques com explosivos improvisados e coquetéis molotov.
Segundo a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, responsável pelo alerta inicial, o grupo promovia uma escalada de radicalização virtual com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais por meio de ações violentas classificadas como “desafios coletivos”.
O homem detido, considerado o principal articulador do grupo, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Já o adolescente apreendido no Rio de Janeiro também foi autuado por armazenamento de pornografia infantil.
A ação da Polícia Civil contou com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em municípios dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
O esquema foi desmantelado no mesmo dia em que Lady Gaga se apresentou para uma multidão estimada em 2,1 milhões de pessoas, de acordo com dados da Riotur. O número superou a previsão inicial de 1,6 milhão, que era a mesma registrada no show da cantora Madonna no mesmo local, no ano anterior.
No palco montado na areia de Copacabana, Lady Gaga apresentou sucessos como “Poker Face”, “Paparazzi” e “Alejandro”, além de faixas mais recentes como “Disease” e “Abracadabra”. A cantora se emocionou em diversos momentos e chegou a ler uma carta dedicada aos fãs brasileiros, marcando um dos maiores eventos musicais já realizados na orla da capital fluminense.
Serviço de Inteligência
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) e a Polícia Civil, por meio do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), cumpriram no sábado (3) quatro mandados de busca e apreensão em apoio à Polícia Civil do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Fake Monster. A investigação mira um grupo que disseminava discurso de ódio nas redes sociais e planejava um possível ataque ao show da cantora Lady Gaga, realizado na praia de Copacabana, no mesmo dia.
Um dos mandados foi cumprido em São Vicente, no bairro Vila Jockey Clube, no litoral paulista. Lá, os policiais localizaram um adolescente de 16 anos. Ele confirmou ser o responsável por perfis que publicavam mensagens de ódio, mas negou qualquer envolvimento em ameaças de atentado, inclusive às relacionadas ao show da cantora Lady Gaga. No local, foram apreendidos um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. O menor foi liberado na presença do pai, que acompanhou toda a ação.
Os demais mandados foram cucommpridos nas cidades de Cotia e Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo, resultando na apreensão de celulares, notebooks, videogames e outros dispositivos eletrônicos. Todo o material será encaminhado para perícia. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e esclarecer o alcance da atuação do grupo.
Fonte: diariodorodrigolima.