Na última quarta-feira (6), os moradores da Villa Inflamable, em Sarandí, distrito de Avellaneda, na Argentina, foram surpreendidos por uma cena incomum: um riacho local ficou completamente vermelho, o que gerou preocupação e viralizou nas redes sociais. A coloração intensa da água chamou a atenção de quem passava pelo local, levantando questionamentos sobre possíveis causas e impactos ambientais.
Confira detalhes no vídeo:
Diante da situação, as autoridades locais iniciaram uma investigação para determinar a origem do fenômeno. Amostras da água foram coletadas e, após análises, foi constatada a presença de anilina, um composto químico amplamente utilizado na indústria têxtil e de curtumes. O resultado reforçou a suspeita de que o despejo irregular de resíduos industriais teria causado a mudança na coloração do riacho.
A prefeitura de Avellaneda, ao tomar conhecimento do caso, acionou um órgão de fiscalização ligado ao Ministério de Infraestrutura e Serviços Públicos de Buenos Aires. A denúncia formal foi apresentada para que as investigações avancem e os responsáveis pelo despejo sejam identificados.
Especialistas alertam que substâncias como a anilina podem trazer riscos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população. Dependendo da concentração e do tempo de exposição, o composto pode contaminar a água e afetar organismos vivos, além de representar um perigo para as pessoas que entram em contato com o riacho.
A principal suspeita recai sobre fábricas da região, especialmente indústrias têxteis e curtumes, que utilizam anilina em seus processos produtivos. O despejo irregular de resíduos industriais é um problema recorrente em áreas urbanas, especialmente em localidades próximas a polos industriais, onde a fiscalização ambiental enfrenta desafios para conter práticas ilegais.
O episódio gerou grande repercussão entre os moradores, que demonstraram preocupação com os possíveis impactos da contaminação. A mudança repentina na cor da água, associada à falta de informações imediatas sobre a origem do problema, contribuiu para o temor de que a situação pudesse representar um risco à comunidade.
A investigação segue em andamento, com autoridades ambientais empenhadas em identificar a fonte do despejo e aplicar eventuais sanções aos responsáveis. Enquanto isso, moradores da região aguardam esclarecimentos e medidas para evitar que novos episódios semelhantes ocorram no futuro.
Fonte: pensandodireita