O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar nas redes sociais sobre a política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em relação aos investimentos destinados à classe artística. Em uma postagem recente, Bolsonaro compartilhou um print de uma notícia que destacou o aumento significativo de recursos para a Lei Rouanet, com mais de 34 bilhões de reais destinados à cultura, o que gerou um debate acalorado sobre o uso do orçamento público.
Confira detalhes no vídeo:
Em sua publicação, o ex-presidente fez uma crítica severa ao governo atual, afirmando que o Brasil estava “naufragando” mais rápido que o Titanic, sugerindo que as políticas de Lula beneficiariam apenas uma parcela da população, em detrimento de outros setores. “O Brasil naufraga mais rápido que o Titanic, prejudicando a todos os brasileiros, exceto os amigos do Rei”, escreveu Bolsonaro. Ele ainda complementou: “Se preparem, porque o fundo do poço não é o limite. O projeto de vingança da organização, neste ritmo, destruirá por completo nosso amado Brasil, e mais rápido do que o mais pessimista poderia imaginar.”
A crítica de Bolsonaro reflete sua visão de que os recursos destinados à cultura e a outros setores favorecem um grupo específico, enquanto outros áreas essenciais, como infraestrutura e serviços básicos, ficam comprometidas. O ex-presidente tem se posicionado contra o atual governo, argumentando que o foco deveria ser no desenvolvimento econômico e na melhoria da qualidade de vida da população em geral.
Comparação com a gestão Bolsonaro
Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para comparar o governo de Lula com o seu próprio, mencionando alguns feitos de sua gestão. Ele fez questão de destacar a redução das tarifas de eletricidade promovida pela sua administração, com a Itaipu Binacional diminuindo em 8,2% as tarifas de energia em 2022. Essa redução foi histórica, já que a tarifa estava congelada desde 2009. Para Bolsonaro, esse tipo de medida beneficiava diretamente os brasileiros, com uma redução na conta de luz para os consumidores da energia gerada pela usina.
Além disso, o ex-presidente lembrou das medidas que implementou para reduzir o ICMS sobre combustíveis, telefonia celular, internet e energia elétrica, o que teria gerado alívio no orçamento das famílias brasileiras. Segundo Bolsonaro, essas mudanças ajudaram a diminuir os custos para a população e não foram devidamente reconhecidas.
Em seu discurso, Bolsonaro ainda citou os investimentos realizados em infraestrutura, como a ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que ele afirmou ter incentivado o turismo na região, e a construção de uma segunda ponte com o Paraguai, que facilitou o transporte e a negociação de produtos entre os dois países. Ele sugeriu que, com a volta de Lula ao poder, esses investimentos agora se tornaram “pó aos olhos do Paraná e dos brasileiros”, indicando que a atual administração não teria dado a devida continuidade a esses projetos.
Reações e perspectivas
As declarações de Bolsonaro geraram reações variadas nas redes sociais, com apoiadores e críticos se manifestando sobre as comparações e as críticas ao governo Lula. Os defensores de Bolsonaro destacaram a redução de tarifas e os investimentos concretos durante sua gestão, enquanto os opositores acusam o ex-presidente de tentar desvirtuar as prioridades de seu próprio governo ao atacar as ações de Lula.
A disputa sobre a destinação de recursos públicos, especialmente para a cultura, segue sendo um tema polarizador. Enquanto o governo Lula defende os aumentos de investimento nas artes como uma forma de apoiar a cultura e a diversidade do Brasil, críticos apontam que esses recursos poderiam ser mais bem utilizados em áreas essenciais, como saúde e segurança pública.
O cenário político continua dividido, com Bolsonaro e seus aliados buscando posicionar a gestão Lula como uma ameaça aos avanços conquistados durante o governo anterior, especialmente nas áreas de economia e infraestrutura. A questão do uso do orçamento público será, sem dúvida, um tema central nas discussões políticas nos próximos meses.
Fonte: pensandodireita