Preso pela PF, general nega conspiração e diz que declarações contra ele foram feitas sob pressão, enquanto investigação avança
O general Walter Braga Netto, preso pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em uma trama golpista e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, trocou de advogado e definiu sua estratégia de defesa, descartando a possibilidade de delação premiada. Ele alega que uma reunião em seu apartamento com oficiais das Forças Especiais do Exército foi apenas para tirar uma foto, versão corroborada em parte pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Contudo, Cid também afirmou, em delação premiada, que Braga Netto entregou dinheiro para financiar golpistas em uma caixa de vinho e procurou obter informações sobre seu depoimento, o que a PF interpreta como tentativa de interferência da Justiça. A defesa do general sustenta que as declarações de Cid foram feitas sob pressão e que não é possível que em nenhum dos depoimentos anteriores ele tenha se lembrado desses fatos.
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