O Tribunal de Contas da União (TCU) jogou por terra as acusações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, teriam usado recursos públicos de forma irregular durante viagens internacionais em 2022, ano de eleição.
O processo foi aberto pelo deputado Rogério Carvalho (PT-SE), que acusou o presidente de fazer uso do dinheiro público para financiar sua campanha eleitoral, através de agendas no Bicentenário da Independência, funeral da rainha Elizabeth II e Assembleia Geral da ONU. Mas, após análise, o relator do caso, ministro Antônio Anastasia, concluiu que não houve nenhum erro.
Em sua decisão, Anastasia afirmou que os gastos com o Bicentenário da Independência estavam dentro dos padrões para eventos oficiais e não apresentaram valores exorbitantes. Ele destacou que “os valores dos gastos destinados à realização dos eventos de celebração da Independência em 2022 não apresentam discrepância” com outros anos, e que as questões eleitorais envolvidas já haviam sido analisadas pela Justiça Eleitoral. Ou seja, não houve mau uso dos recursos.
Já sobre o funeral da rainha Elizabeth II, o ministro foi claro: “do exame dos relatórios de viagem enviados pela Presidência da República, não foi possível identificar indícios de que houve descumprimento doloso ou erro grosseiro”. O TCU, portanto, não viu nada irregular nos gastos com esse evento, apesar de a viagem ter sido um marco internacional.
Quanto à viagem à Assembleia Geral da ONU, Anastasia não encontrou nada de anômalo. O ministro lembrou que “historicamente, o presidente da República discursa na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas”, e ressaltou que não houve discrepâncias nos procedimentos dessa viagem em relação a outras realizadas por presidentes brasileiros.
Fonte: portalnovonorte