O segundo acusado de matar três pessoas da mesma família na cidade do Pilar, em Alagoas, foi condenado a 63 anos e três meses de reclusão. O júri popular aconteceu na última quinta-feira (5).
O crime aconteceu em 2017. Segundo o Ministério Público de Alagoas (MP-AL), José Ailton invadiu a casa onde dormiam Elisabeth da Silva, de 41 anos, a filha dela, Onilda Daiane da Silva, de 17 anos, à época grávida de três meses, e o filho de Onilda, de dois anos de idade.
José Ailton agiu junto com o comparsa, Wedson Santos, que já havia recebido a sentença de 48 anos de prisão. À época do crime, Wedson Santos disse que o alvo do assassinato seria Onilda Daiane. Testemunhas disseram que o crime foi cometido por vingança — horas antes, a irmã de José Ailton havia sido assassinada.
O criminoso confessou as mortes com riqueza de detalhes. Ele contou que entrou na casa, matou Elisabeth, seguiu para o quarto onde estavam Onilda Daiane da Silva e a criança e abriu fogo contra elas. Outras duas pessoas da família conseguiram escapar pulando o muro.
José Ailton da Silva foi condenado 7 anos após o crime — Foto: Reprodução/ G1
A defesa de José Ailton sempre alegou que se tratava de uma pessoa inimputável. No entanto, houve reversão na afirmativa do advogado com exames comprovando que, na verdade, ele é um cidadão com condições se assumir seus atos.
O promotor Sílvio Azevedo sustentou a qualificadora de motivo fútil que tornou impossível a defesa da vítima, mas também com agravante por uma das vítimas ser uma criança a outra vítima estava grávida.
“O crime à época abalou não somente a cidade do Pilar , mas toda Alagoas, principalmente porque entre as vítimas havia um menino de dois anos que levou tiros de pistola na cabeça. Não há justificativa para tanta frieza, tanta perversidade. A espera foi longa, mas hoje acredito que as pessoas da família, amigos, vizinhos estejam mais aliviados com a condenação”, afirmou o promotor.
Fonte: G1