Cantor sertanejo foi chamado a prestar esclarecimentos sobre envolvimento com sites de apostas. CPI apura impacto das bets na renda das famílias e possível elo com organizações criminosas. Cantor sertanejo Gusttavo Lima
Reprodução/Redes Sociais
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a atuação de sites de apostas, as chamadas bets, aprovou nesta terça-feira (26) a convocação do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
Ele foi convocado para falar aos parlamentares sobre o envolvimento com campanhas publicitárias financiadas por empresas de jogos de apostas.
A autora do requerimento, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirmou que a convocação do artista “é essencial para esclarecer o nível de envolvimento com esse mercado, incluindo possíveis recebimentos irregulares ou participação em ações consideradas antiéticas ou ilegais”.
Também foram aprovados requerimentos para solicitar que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) compartilhe com a Comissão informações de relatórios de inteligência financeira (RIFs) de Gusttavo Lima e da empresa Balada Eventos e Produções LTDA., da qual o cantor é sócio.
O cantor foi um dos alvos da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora Deolane Bezerra.
Além disso, foi aprovado um convite para que o influencer Felipe Neto compareça à Comissão para falar sobre a relação com a casa de apostas Blaze, para a qual fez ações de propaganda em 2023.
Também foram convidados a comparecer à CPI representantes de empresas de apostas que operam no Brasil, como a Pixbet, Pix2Pay (PixtoPay), Multibet e Upbet.
Na semana passada, a CPI aprovou a convocação das influenciadoras Deolane Bezerra e GKay; dos cantores Jojo Todynho e Wesley Safadão; e do humorista Tirulipa.
Os investigados costumam recorrer ao Supremo Tribunal Federal para garantir o direito de se manter em silêncio, como forma de se proteger de eventuais acusações, já que a CPI entende que a pessoa possui algum envolvimento com o caso investigado. Ainda não se sabe se eles terão habeas corpus para se manter em silêncio.
Fonte: G1