Militar Rodrigo de Azevedo foi preso por suspeita de tentativa de golpe. Ele pode se tornar o 38º indiciado no inquérito. A Polícia Federal (PF) marcou para a próxima quinta-feira (30) o depoimento de Rodrigo de Azevedo, militar do Exército do grupo dos kids pretos. Ele foi preso na semana passada por, segundo a Polícia Federal, tramar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Apesar de estar preso preventivamente , o militar não entrou para a lista de indiciados da PF — que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas.
Mas investigadores dizem que ele só não entrou porque ele ainda não foi ouvido — premissa para indiciar um investigado.
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O depoimento dele está marcado para quinta e há chances de ele se tornar o 38o indiciado no inquérito do golpe. Há fartas provas documentadas na investigação , na parte que já é pública .
Em mensagens trocadas em grupos, Rodrigo lamentou que o golpe não tivesse sido concretizado. A PF registrou que isso foi “possivelmente relacionado a frustração pelo fato de as Forças Armadas não terem aderido ao intento golpista”.
Segundo a PF, no dia 30 de dezembro de 2022, mesmo dia em que o então presidente Bolsonaro deixou o país, o major publicou no grupo a seguinte mensagem: “Rapaziada esse grupo aqui pra mim perdeu a finalidade…”
A Polícia Federal diz que há indícios de que o militar “associou-se à ação clandestina que tinha a finalidade de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, empregando técnicas de anonimização para se furtarem à responsabilidade criminal, visando consumar o golpe de Estado”. A anonimizaçao consistia em usar técnicas, telefones, codinomes para esconder a participação no esquema.
Fonte: G1