Defesa do ex-ministro afirmou ao STF que mãe de Torres está com câncer e precisa da ajuda do filho. Autorização é específica para visitas à casa da família e ao hospital. Ex-ministro Anderson Torres em depoimento à CPI dos Atos Golpistas
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes flexibilizou neste sábado (23) as medidas restritivas aplicadas ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres para que o político possa acompanhar o tratamento médico da mãe, de 70 anos.
Anderson Torres chegou a ser investigado e preso por suposta omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele tinha sido ministro do governo Jair Bolsonaro e, àquela altura, atuava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Torres foi solto por ordem de Moraes em maio de 2023, mas o ministro definiu uma série de medidas restritivas – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa à noite e aos fins de semana.
Pela nova decisão:
Anderson Torres deverá seguir usando tornozeleira;
mas poderá passar as noites e os fins de semana na casa dos pais ou no hospital em que a mãe estava internada até este sábado.
“Defiro parcialmente o requerimento e autorizo a flexibilização da medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana, para que Anderson Gustavo Torrres possa visitar e acompanhar a genitora nos cuidados necessários ao tratamento de sua saúde”, diz Moraes.
“Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas”, complementa.
No pedido feito a Moraes, a defesa de Anderson Torres diz que a mãe do ex-secretário está com “gravíssima e incurável doença (câncer)” e que o pai, de 73 anos, “não consegue, por si só, ministrar alguns cuidados indispensáveis ao tratamento de sua esposa”.
Em uma reiteração do pedido, na última quinta (21), os advogados chegam a dizer que a mãe do político está “em iminência de óbito e deve ser acompanhada por seus familiares para que possam se despedir da paciente”.
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Fonte: G1