Braço direito do ex-presidente que se tornou colaborador da Justiça foi ouvido na quinta-feira (21) após PF apontar omissões e contradições na delação. Cid confirmou a Moraes que Bolsonaro sabia de plano de golpe de estado
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, confirmou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em depoimento na quinta-feira (21), que o ex-presidente sabia do plano de execução de Lula, Alckmin e Moraes.
“Confirma que sabia, sim, na verdade o presidente de então sabia tudo. Na verdade, comandava essa organização”, afirmou o advogado Cezar Bittencourt.
Segundo advogado de defesa, Cid “participou como assessor, verificou os fatos, indicou esses fatos ao seu chefe, que teria toda a liderança.
Bittencourt disse que o ex-ajudante de ordens era um assessor de reuniões do presidente, mas que não possui detalhes do que foi falado nestes encontros. “O que ele confirmou foi que as reuniões foram realizadas e com quem foi realizada”, afirmou. “[O depoimento] ontem foi apenas o coroamento desses fatos. Agora vem a conclusão e deve ir para a PGR elaborar a denúncia.”
Na terça-feira (19), Cid prestou depoimento e negou ter conhecimento de um plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022. Na ocasião, ele foi chamado para depor após a PF recuperar dados apagados do computador dele e também foi interrogado sobre o plano golpista para matar Lula, Alckmin e Moraes.
Os investigadores não ficaram satisfeitos com o que ele falou e estavam convencidos de que Cid omitiu informações e nomes, e a delação corria risco de ser cancelada. Na quinta-feira (22), Moraes ouviu Cid no STF e manteve os acordos da delação.
*Post em atualização
Fonte: G1