Em reunião hoje com o Ministério da Fazenda, o ministro da Defesa, José Múcio, vai tentar limitar as mudanças na Previdência dos militares. Nas Forças Armadas, há um entendimento de que o ideal seria não mudar nada, mas reconhecem que é melhor ceder em alguns pontos para não ter uma mudança radical no Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas.
O presidente Lula, ao incluir os militares, pediu à equipe econômica que seja feita uma negociação com as Forças Armadas, e que as medidas de redução de despesas não sejam impostas ao Ministério da Defesa. Lula não quer gerar um clima de insatisfação com os militares, depois de um início de governo com relação recheada de crises com a corporação.
O presidente, inclusive, não pretendia fazer cortes nas Forças Armadas. Só que, para evitar cortes maiores na área social, foi convencido a incluir os militares, que cobram a inclusão também de outras carreiras de Estado, como no Judiciário.
Depois de muita disputa interna com a área social, a equipe econômica acredita que a proposta final será forte o suficiente para zerar o déficit público no ano que vem e manter de pé o arcabouço fiscal. Assessores de Fernando Haddad e de Simone Tebet avaliam que o pacote vai dar segurança no curto e no médio prazos de que o país caminhará para o equilíbrio das contas pública e estabilização da dívida pública em relação ao PIB.
Sem as medidas, Fazenda e Planejamento avaliam que o cenário seria o pior possível, trazendo mais inflação. Mas há um clima de confiança de que o presidente Lula irá decidir por um formato que vai estar alinhado com os objetivos da equipe econômica.
– Esta reportagem está em atualização
Fonte: G1