A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que o presidente eleito Donald Trump não adote medidas unilaterais na área do comércio exterior.
Segundo assessores presidenciais, os Estados Unidos exercem um papel chave na economia global, por isso é muito importante manter o diálogo multilateral e evitar a adoção de medidas unilaterais.
Ou seja, caso Trump leve adiante a sua promessa de elevar entre 10% e 20% as tarifas de importações nos Estados Unidos, o Brasil quer antes ser chamado para fazer uma negociação.
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A equipe econômica reconhece que o discurso de campanha de Trump preocupa pelo maior protecionismo comercial, que tende a desacelerar o comércio global, o que impactaria negativamente as exportações brasileiras.
E a introdução de impostos nas importações vai gerar inflação dentro dos EUA, com repercussão negativa no Brasil na taxa de câmbio e na taxa de juros.
Pragmatismo
O governo espera que o discurso de campanha fique apenas na retórica, e que o governo Trump seja mais pragmático e não implemente todas as suas promessas feitas durante a campanha eleitoral.
“Vamos procurar estabelecer pontes de diálogo para manter uma relação econômica harmoniosa com o futuro governo”, sintetiza um assessor presidencial.
Assessores lembram que Lula já conviveu bem com um colega republicano, no caso George W. Bush, com quem tinha uma “boa química”.
🔎Desta vez, porém, o desafio será maior. Donald Trump não é um republicano ao estilo Bush. O novo presidente dos Estados Unidos tem posições opostas às do presidente Lula, especialmente numa área considerada prioritária pelo governo atual, a da crise climática.
Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos.
Reuters via BBC
Lula trabalha para dar especial protagonismo à COP 30, que será realizada no próximo ano no Pará.
Por sinal, o governador Helder Barbalho vai trabalhar para que Trump esteja presente no evento em Belém.
Ele divulgou mensagem nas redes sociais destacando a importância da relação entre Brasil e Estados Unidos e parabenizou o novo presidente eleito.
A expectativa do Brasil é transformar a COP 30 num evento divisor de águas na adoção de metas para reduzir as emissões de gás carbono no planeta.
Fonte: G1