As Polícias Científica e Civil informaram, nesta sexta-feira (27), que a pistola encontrada na casa do segurança patrimonial Albino Santos de Lima, de 42 anos, foi a mesma usada para matar a adolescente Ana Beatriz, de 13 anos, que foi perseguida e morta com um tiro na cabeça na noite de 26 de agosto, no bairro da Levada, em Maceió.
Segundo a delegada Tacyane Ribeiro, a pistola calibre 380 pertence ao pai de Albino, um militar da reserva, e pode ter sido utilizada em mais sete assassinatos.
“Fizemos uma relação, iniciamos com a comparação do caso da Ana Beatriz, que deu positivo, e vamos passar para outros casos de homicídios, em torno de oito vítimas, que essa arma pode estar envolvida. Então, as investigações quanto aos outros inquéritos estão em andamento, e tudo leva a crer que realmente essa arma apreendida, no decorrer da busca e apreensão do inquérito da Ana Beatriz, tem envolvimento em outros crimes”, disse a delegada.
Albino Santos é guarda patrimonial terceirizado da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e foi afastado de suas funções após sofrer uma acidente de moto. De acordo com a Polícia Civil, o homem é investigado por outros cinco assassinatos. Contra ele constam diversos Boletins de Ocorrências como ameaça, dano, injúria e difamação.
Apesar de Albino Santos negar o crime, a delegada Tacyane Ribeiro informou à época que existiam fortes indícios de que o suspeito é autor do homicídio.
“Ele negou o envolvimento, mas há provas o suficiente que ele é o autor desse homicídio. Ele diz que não conhecia [a vítima], mas nas investigações, com a perseguição dele, ele dizia ‘eu quero a morena, eu quero a morena’. Tudo leva a crer que ele queria ter algum tipo de relacionamento com ela”, disse a delegada.
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Material apreendido pela PC-AL na casa de suspeito — Foto: Ascom PC-AL
Entenda o caso
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Ana Beatriz, de 13 anos, foi morta com tiro na cabeça em Maceió — Foto: Arquivo pessoal
Uma adolescente de 13 anos de idade foi assassinada, na noite de 26 de agosto, com um tiro na cabeça em Maceió. A família acredita que vítima foi morta por não aceitar relacionamento com um homem, que não teve a identidade revelada.
Segundo o delegado Ronilson Medeiros, os pais da vítima afirmaram que ela havia saído com a irmã de 10 anos e duas amigas para assistir um jogo de futebol no bairro do Vergel do Lago e, na volta para casa, foi seguida e morta.
A adolescente chegou a ser encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Dias após o crime, a Polícia Civil divulgou imagens de um circuito de segurança que mostraram o rosto do suspeito.
Fonte: G1