Estado de emergência declarado pelo governo visa garantir a ordem pública e prevenir riscos para a segurança nacional
O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou estado de emergência nas Províncias de Arauco e Biobío e na região de Araucanía e determinou a remilitarização da região para proteger as rodovias interrompidas por protestos de indígenas mapuche no sul do país.
O governo informou que o estado de exceção “limitado” vai “garantir a ordem pública e reparar ou prevenir danos ou perigos para a segurança nacional que tenha dado origem à situação, devendo observar os poderes administrativos das autoridades institucionais colocadas sob a sua jurisdição”.
De acordo com reportagem do jornal “El Mercurio”, a medida foi adotada por recomendação, na segunda-feira, das ministras do Interior, Izkia Siches, e da Defesa, Maya Fernández, que também assinaram o decreto
Os mapuches pedem a restituição de terras no sul do país onde foram abertas as vias e atuam hoje várias empresas de ativos florestais. Há pelo menos dois anos, os confrontos com as forças de segurança se intensificaram, causando várias mortes e atos de vandalismo.
“Ficou claro que recentemente houve um aumento de ações violentas nas estradas”, disse Siches numa entrevista no Palácio La Moneda.
Pelas atribuições do decreto, as forças de segurança poderão “ditar normas para restringir a divulgação de registros de natureza militar; proibir ou autorizar a realização de reuniões em locais públicos e assegurar que tais reuniões não alterem a ordem interna”. Também terão a faculdade de “controlar a entrada e saída das áreas declaradas em estado de emergência e o trânsito em suas vias”
O governo chileno também destinou US$ 470 milhões para projetos de obras públicas na área. A remilitarização da região anunciada agora é mais limitada do que a que foi imposta pelo governo anterior de Sebastián Piñera, que vigorava sobre uma área mais extensa.
Fonte: Terrabrasilnoticias