Uma das colunas pergunta se há demonstração de efetividade em estudos controlados e randomizados para a Covid-19. A resposta é “sim” para a hidroxicloroquina e “não” para as vacinas. A tabela contrapõe os dois métodos ao afirmar que o medicamento tem demonstração de segurança em estudos experimentais e observacionais contra a Covid e que a vacina não tem a mesma resposta.
Além disso, a cloroquina teria um custo baixo sem recomendação das sociedades médicas e sem financiamento da indústria, enquanto as vacinas representariam um custo alto com financiamento da indústria e recomendação dos especialistas. O uso da tabela causou críticas nas redes sociais.
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o incentivo ao medicamento em oposição à vacinação.
A nota cita “treze estudos controlados e randomizados com direções de efeito favoráveis à hidroxicloroquina, com efeito médio de redução de risco relativo de 26% nas hospitalizações, altamente promissor para o uso discricionário e prosseguimento dos estudos”.
Para a falta de efetividade das vacinas, a referência citada são “dezoito ensaios não finalizados, dos quais, oito ainda em fase de recrutamento, nove ainda não finalizaram o seguimento e um finalizado, mas ainda em fase insuficiente para a avaliação de segurança, mas recomendado para ‘combate à pandemia’”.
QUEIROGA
O questionamento da eficácia das vacinas contraria políticas do próprio Ministério da Saúde. Neste sábado (22), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de uma ação promovida pela pasta para incentivar a vacinação e a testagem da população nos estados da Região Norte com Angotti Neto, responsável pela nota técnica, e outros secretários do ministério.
Na ação, Queiroga esteve em Manaus (AM) e o secretário foi para Porto Velho (RO). O ministro pediu que as pessoas se vacinassem e afirmou que “não há um caminho mais eficiente para nos livrarmos dessa pandemia do que a vacinação da nossa população”. Por outro lado, ele voltou a criticar o passaporte vacinal e a exigência da imunização.
Durante o evento, Queiroga citou um estudo patrocinado pela secretaria de Angotti Neto e publicado na revista Lancet comprovando a efetividade das vacinas. O levantamento, de acordo com o ministro, mostrou que pessoas vacinadas com a Coronavac apresentaram nível de anticorpos “muito baixo” após seis meses da segunda dose e que a Pfizer registrou índices de anticorpos elevados “em mais de 150 vezes” após o esquema vacinal.
Fonte: contrafatos