Mais 200 famílias serão selecionadas para o Projeto Marrecas-Jenipapo, que receberá mais R$ 13,7 milhões em investimentos
O governo federal anunciou a retomada das obras do projeto Marrecas-Jenipapo, que deve dar a famílias do interior do Piauí a infraestrutura de irrigação necessária para plantações em um espaço de mil hectares, em São João do Piauí.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira, assinaram a ordem de serviço para a retomada das obras, nesta segunda-feira (25/10), em Parnaíba (PI).
O Marrecas-Jenipapo receberá um total de R$ 13,7 milhões em investimentos do governo federal, por meio da Codevasf.
Marinho disse que o governo Jair Bolsonaro tem sido “acusado” de inaugurar obras iniciadas em gestões anteriores. Em seu discurso, o ministro defendeu a continuidade de projetos no país, independentemente de quem tenha começado: “O Brasil sempre foi cemitério de obras inacabadas. Este governo respeita quem paga impostos”.
As intervenções do Marrecas-Jenipapo começaram durante o governo de Dilma Rousseff (PT) em 2013 e sofreram sucessivas paralisações ao longo dos anos.
O presidente da Codevasf disse que o contrato foi descontinuado, o que ocasionou diversos reajustes desde 2013.
“Quando chegamos, em 2019, o contrato estava desequilibrado e insustentável. Decidimos encerrar e fazer uma nova licitação”, assinalou. A previsão é de que as obras sejam concluídas até o fim de 2022, de acordo com Marcelo Moreira.
A água que abastecerá o cultivo em lotes familiares no Marrecas-Jenipapo sai do Rio Piauí, a partir da Barragem Jenipapo. Nesta etapa final do projeto, serão selecionadas 200 famílias, que terão acesso a lotes de cinco hectares cada.
No total, 13 cidades serão beneficiadas. Segundo o MDR, a previsão é que sejam gerados 2,5 mil empregos diretos e indiretos.
O Projeto Marrecas-Jenipapo recebeu R$ 59,8 milhões em investimentos da União e está 85% concluído. Atualmente, 256 famílias integram o programa de assentamento aliado ao desenvolvimento econômico e sustentável.
Esses beneficiários estão em uma área irrigada de 154 hectares, que tem produção de 2,3 mil toneladas de alimentos por ano, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI). Entre os cultivos na região, estão milho, macaxeira, melancia, goiaba, uva e mamão.
Fonte: TerraBrasilNoticias