Um dia histórico para o futebol brasileiro. Nesta segunda-feira, Marta esteve no Maracanã para colocar seus pés na calçada da fama localizada no museu do estádio. Ela foi a primeira mulher a conseguir estar presente no hall da fama no maior palco futebolístico do Brasil.
Marta também ganhará um espaço destinado à sua carreira e suas conquistas no museu do Maracanã, que, de acordo com as pessoas responsáveis pela organização do mesmo, estará pronto ainda este mês, antes de 2019. O “Maracanã Tour” possui ingressos com preços que variam entre R$25 e R$60.
Aos 32 anos, Marta é a única atleta – contando as modalidades masculina e feminina – que conseguiu o prêmio de melhor jogadora do mundo em seis oportunidades (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018). Em um hall da fama que possui nomes como Ronaldo, Pelé e Garrincha, o feito prova a importância que a atacante possui dentro do cenário do futebol brasileiro.
Além dos prêmios individuais, Marta também conquistou muitos em termos coletivos. Um deles, a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de 2007, foi justamente no Maracanã, quando a Seleção Brasileira derrotou os Estados Unidos por 5 a 0, com dois gols da atual melhor jogadora do mundo.
– Voltar ao Maracanã, receber essa homenagem novamente, relembrar os momentos que a gente esteve aqui, tudo o que futebol feminino vivenciou aqui é fantástico. É algo incrível e estou muito feliz com mais esse reconhecimento. É mais uma cerejinha do bolo representando todas as mulheres que lutam constantemente no esporte em geral, então eu fico muito feliz. Da primeira vez, em 2007 (se referindo ao Pan-Americano), eu espero que eu não seja a única e que venham outras mulheres a deixar suas marcas aqui – afirmou.
Ao ser perguntada sobre políticas futuras, Marta afirmou que não deve ser pensado em melhorias apenas para o futebol, mas os esportes em geral, com o incentivo principalmente para os jovens cidadãos. Nos últimos Jogos Olímpicos, realizados justamente no Brasil, a canarinho ganhou 19 medalhas: sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.
– A gente não pode só falar do futebol feminino, temos que falar do esporte em geral. A gente tem atletas em várias modalidades com um talento enorme e que passam por muitas dificuldades, principalmente de apoio, de opção de trabalho, de manter um padrão de atleta para que, quando chegarmos a uma Olimpíada, estar 100% preparado, em todos os sentidos. Peço em nome do esporte brasileiro que haja políticas de incentivo, principalmente nas escolas, para que a gente possa ter cada vez mais ter a oportunidade de representar o nosso país e inspirar as crianças a praticar o esporte – completou.
Lance