O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin concedeu nesta terça-feira (28/11) liberdade a Job Ribeiro Brandão, ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Brandão estava cumprindo prisão domiciliar, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a revogação da medida porque o acusado está colaborando com a apuração sobre a origem de R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, irmão do deputado.
No parecer, a procuradora-geral Raquel Dodge afirmou que Brandão ajudou nas investigações que podem revelar a origem do dinheiro. “Ele não apenas confessou sua participação nos fatos, como foi além, revelando supostos contextos criminosos, conexos aos investigados no Inquérito n°4633, até então desconhecidos pelos investigadores. Ouvido pelo MPF [Ministério Público Federal] e pela Polícia Federal, em 14/11/2017, Job teceu detalhes de uma suposta associação criminosa criada para ocultar valores milionários decorrentes de corrupção, organização criminosa e de peculato”, informou a procuradora.
Geddel foi preso preventivamente em 3 de julho, na Operação Cui Bono, por suspeita de que estaria agindo para atrapalhar as investigações.
No dia 13 do mesmo mês, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) concedeu ao ex-ministro o direito de cumprir prisão domiciliar em sua residência, em Salvador.
Em relatório da investigação, enviado hoje ao STF, a Polícia Federal acusa o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Correio Braziliense