A seleção argentina entrou em campo nesta terça-feira contra a Bolívia, em La Paz, com um desfalque importantíssimo: Lionel Messi. Sem poder contar com o craque do Barcelona, suspenso pela Fifa, o time do técnico Edgardo Bauza não conseguiu superar a ausência de seu principal jogador e acabou sendo derrotado pelos adversários por 2 a 0, gols de Arce e Marcelo Moreno.
Messi foi punido por quatro jogos pela Fifa por desacatar o árbitro auxiliar brasileiro Emerson Augusto de Carvalho durante a vitória por 1 a 0 sobre o Chile, na última quinta-feira, em Buenos Aires. Diante da suspensão, o camisa 10 só voltará a representar seu país no próximo dia 10 de outubro, na última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, contra o Equador, fora de casa.
Nesta terça-feira a seleção argentina mostrou mais uma vez ser dependente de Lionel Messi. Sem o craque nessas Eliminatórias, a equipe albiceleste entrou em campo sete vezes, somando uma vitória, quatro empates e duas derrotas. Já com ele em campo foram cinco vitórias e uma derrota em seis partidas.
Com o resultado, a Argentina estacionou nos 22 pontos e caiu para a quinta posição, entrando na zona de repescagem nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Já a Bolívia é a nona colocada, com 10 pontos, e tem apenas chances remotas de brigar por uma vaga no Mundial.
O jogo – A Bolívia começou o primeiro tempo melhor, atacando ciente de que seria difícil os rivais corresponderem com a mesma intensidade. Logo aos quatro minutos Pablo Escobar desperdiçou boa chance ao não conseguir o domínio da bola depois que Funes Mori furou dentro da área. Em seguida, foi a vez de Marcelo Moreno cabecear para fora, assustando o goleiro Romero.
A Argentina demorou para se encontrar em La Paz e seguiu tendo de lidar com a pressão boliviana. Aos 14 minutos Arce não conseguiu alcançar a bola de Chumacero, que acionou seu companheiro após ser bloqueado na área. Já aos 17 Raúl Castro exigiu boa defesa de Romero. Os Hermanos só foram chegar ao ataque na segunda metade da etapa inicial.
Aos 26 minutos Banega arriscou de longe, aproveitando a altitude, para assustar Lampe, que espalmou para fora. Depois foi a vez de Di María receber um presente de Correa, ficar cara a cara com o goleiro boliviano e chutar em cima do rival, desperdiçando a melhor oportunidade albiceleste no jogo.
Sem conseguir converter as chances criadas, a Argentina acabou sendo punida com o gol boliviano aos 31 minutos. Pablo Escobar jogou na área, Roncaglia não conseguiu cortar, e Arce cabeceou no canto para abrir o placar no estádio Hernando Siles. A seleção argentina ainda tentou correr atrás do prejuízo, mas teve de ir para o intervalo em desvantagem no marcador.
No segundo tempo a situação não mudou, e a Bolívia seguiu melhor no jogo. Depois do chute de Di María logo no primeiro minuto da etapa complementar, a seleção local tratou de assumir o comando da partida e chegou ao segundo gol aos sete minutos. Em jogada pela esquerda, Flores levou para a linha de fundo e acionou Marcelo Moreno, que dominou livre na área e bateu firme para estufar as redes.
Com pouco poder de reação, a Argentina continuou sofrendo em campo. Ainda que tenha tentado uma reação em jogada individual de Pratto, que acabou sendo bloqueada por Lampe, o time de Bauza não parava de passar por apuros. A Bolívia quase chegou ao terceiro gol novamente com Marcelo Moreno, que depois de corta-luz tentou finalizar na área, mas acabou bloqueado.
Os Hermanos não desistiam do jogo e levaram perigo mais uma vez após chute cruzado de Di María. Pratto tentou empurrar a bola para as redes com um carrinho, aproveitando o arremate do jogador do PSG, mas não chegou a tempo. Depois foi Acuña quem quase marcou ao soltar uma pancada de fora da área, exigindo boa defesa de Lampe.
Com o fim da partida se aproximando e o pouco vigor físico que sobrou, a Argentina não arriscou muito no campo ofensivo e ainda teve de conter o ânimo dos rivais, de olho em espaços que poderiam ser explorados no contra-ataque. Desta forma a seleção de Messi acabou saindo de campo com a amarga derrota, que a coloca novamente em situação delicada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Gazeta Esportiva