Após a divulgação de relatório da Polícia Federal (PF) que aponta vazamento na prova de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou nota à imprensa nesta quinta-feira (1º) criticando a atuação do promotor Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) do Ceará.
O Inep considera que houve vazamento de parte do inquérito da PF que investiga as quadrilhas que participaram de fraudes contra o Enem. “Ao contrário do que informou o procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público do Ceará, o inquérito não foi concluído”, diz o material enviado.
O órgão afirmou ainda que “estranha o fato de que este procurador venha a público, mais uma vez, às vésperas da aplicação de provas do Enem, marcadas para os dias 3 e 4 de dezembro, gerar fatos que provocam tumulto e insegurança para milhares de estudantes inscritos”. O instituto lembra que o Costa Filho tem histórico de tentativas de impedir a realização do exame em anos anteriores.
O instituto, que é subordinado ao Ministério da Educação, disse que “reitera que o Enem foi realizado com segurança para mais de 5,8 milhões de estudantes nos dias 5 e 6 de novembro de 2016”. A segunda aplicação do Enem, que acontecerá no próximo fim de semana para 277 mil candidatos, se fez necessária por conta das ocupações em locais de aplicação ou em decorrência de problemas de infraestrutura ocorridas nas datas das primeiras provas.
Locais de prova
Até a última quarta-feira (30), cerca de 60% dos participantes do exame no próximo fim de semana já sabem onde farão a prova. Pouco mais de 110,5 mil pessoas ainda não checaram a informação e, por esse motivo, estão recebendo e-mail e SMS com as orientações fornecidas pelo instituto.
Para acessar o cartão de prova, o participante deve entrar no site do Inep. O material também inclui informações como horários, opção de língua estrangeira (inglês ou espanhol) e necessidade de atendimento específico, quando houver.
iG