A Olimpíada do Rio de Janeiro bateu um recorde: 45% dos atletas inscritos são mulheres. É a maior participação feminina da história dos Jogos. São 5.183 atletas do sexo feminino, contra 6275 homens. Há quatro anos, em Londres, foram 4.655 mulheres, 44,2% do total. Aquela marca já era a maior em todas as edições.
A maior disparidade na “guerra dos sexos” está na delegação do Iraque. São 26 homens inscritos e nenhuma mulher. Em Londres, foram três representantes do sexo feminino. “As mulheres praticam normalmente o esporte em nosso país. Não temos nenhum tipo de restrição. Infelizmente, elas não conseguiram a classificação para o Rio de Janeiro. Espero que tenhamos mulheres na equipe em Tóquio-2020”, disse ao UOL Esporte Jazair Hassan Raheef, secretário-geral do Comitê Olímpico Iraquiano.
Mônaco, Nauru, Tuvalu, Nauru e Vanuatu também não mandaram mulheres para os Jogos. Mas há um dado significativo: principais potências do esporte mundial e rivais na briga pela primeira posição do quadro de medalhas em 2016, Estados Unidos e China terão mais representantes do sexo feminino. Na delegação dos Estados Unidos são 300 mulheres contra 261 homens. No time da China, 252 contra 155.
O contraste é o Butão: é a única nação sem representação masculina. O minúsculo país asiático de 742.737 habitantes tem duas mulheres, e nenhum homem, competindo no Rio de Janeiro. Uma no atletismo e outra no tiro esportivo. Além disso, a porta-bandeira da delegação de refugiados é uma mulher, a nadadora Yusra Mardini, da Síria. É emblemático: ela vai entrar no estádio com a bandeira do COI.
Os números são do Comitê Olímpico Internacional (COI) até a noite de domingo. Podem haver alterações até o término da competição, em 21 de agosto. A lista inclui titulares e reservas.
UOL