Depois de 26 anos, o Reino Unido volta a ter uma mulher como primeira-ministra nesta quarta-feira (13). Com a renúncia de David Cameron, é a atual ministra do Interior, Theresa May, quem assume o cargo de premiê e passa a liderar o Partido Conservador.
Nos próximos meses, sua principal missão será conduzir as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia – conhecida como “Brexit”, a decisão foi votada pelos britânicos em plebiscito no último dia 23. Como David Cameron, a nova primeira-ministra era favorável à permanência no bloco, mas diz que o resultado deve ser respeitado.
“Brexit significa Brexit. A campanha foi travada, a votação foi realizada, a participação foi alta e o público deu o veredito. Não deve haver tentativa para permanecer na UE, nem tentativas de reintegrá-la pela porta dos fundos e nem um segundo plebiscito”, afirmou.
Corrida
Logo após a divulgação do resultado do plebiscito, o então primeiro-ministro David Cameron anunciou sua renúncia. Ele justificou a decisão dizendo que não era a pessoa ideal para conduzir a saída do país britânico do bloco.
Ex-prefeito de Londres, Boris Johnson era um dos favoritos para ocupar o cargo, maspreferiu não entrar na disputa – decisão que levou analistas políticos a considerar Theresa May a candidata mais provável. A segunda na corrida era a secretária de Estado de Energia, Andrea Leadsom, quetambém desistiu de concorrer na última segunda-feira (11).
Depois de declarada oficialmente a primeira-ministra britânica, Theresa May declarou estar “honrada” em assumir o cargo, prometeu construir um Reino Unido melhor e fazer do Brexit um episódio histórico “de sucesso”.
iG