Técnicos do Núcleo de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal) deram início ao trabalho de levantamento fitossanitário da cultura do coco nos municípios produtores do Estado. A ação foi desencadeada em cumprimento a legislação de que trata do trânsito de cargas das culturas hospedeiras da praga ácaro-vermelho-das-palmeiras.
“Começamos a vistoria pelos municípios de Coruripe e Piaçabuçu. Mas, o levantamento será realizado em todos os municípios produtores de coco. A maioria se concentra no litoral Norte e Sul. Nosso objetivo é conhecer a área que o ácaro está presente no Estado, para serem adotadas as medidas de trânsito das cargas que irão para outros Estados, afirmou a chefe do Núcleo de Defesa Vegetal, Maria José Rufino, lembrando que a ação é realizada em parceria com as secretarias municipais de Agricultura.
Segundo Rufino, a meta da Adeal é vistoriar 2% das propriedades produtoras de coco do Estado, o que corresponde a 250 fazendas. As áreas são escolhidas de acordo com a representatividade delas para a região. Dados obtidos pelo órgão de defesa agropecuária junto a entidades que representam os produtores de coco de Alagoas, mais de 90% da produção é exportada para outros Estados.
“Por isso, é necessário que o transporte das cargas tenha a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), que é subsidiada por um certificado fitossanitário e origem do produto. O que destaca a importância deste levantamento nos municípios”, esclareceu Maria Rufino. As próximas ações estão previstas para ocorrer no próximo mês de julho começando pelo município de Feliz Deserto.
Plantas
A vistoria também vem sendo realizada em outras plantas hospedeiras como bananeiras, flores ornamentais e palmeiras. “Vale ressaltar que estamos dando prioridade ao coco por conta da exportação do produto”, reforçou a representante da Adeal.
O levantamento também vem sendo realizado em áreas consideradas de risco pelo transito constate de pessoas que podem carregar o ácaro nas roupas e utensílios, a exemplo de pousadas, praças e postos de combustíveis. “Neste caso, não é feito apenas o trabalho de amostragem. Tudo é devidamente inspecionado”, finalizou Maria Rufino.
Agência Alagoas