A delegada-titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana Bento, pediu à 2ª Vara Criminal do Fórum de Jacarepaguá, a liberação do jogador do Boavista Lucas Perdomo, preso na última segunda-feira sob suspeita de participar do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos em uma favela no Rio de Janeiro.
“Entendemos que não há provas suficientes contra ele. Não existe a necessidade de mantê-lo preso, mas ele continuará sendo investigado”, afirmou a delegada. Lucas está preso em Bangu 10, no Complexo de Gericinó, e pode ser solto a qualquer momento. A família do rapaz aguarda pela decisão do juiz no local
A polícia identificou mais um envolvido no caso do estupro. Conhecido como Canário, Moisés Lucena, de 28 anos, tem dez passagens pela polícia por crimes como tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de armas. Segundo as investigações, ele foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por assalto a uma residência com reféns em Bangu, em 2010. Já em 2013, Moisés foi preso por porte ilegal de arma e roubo de saidinha de banco. A Polícia Civil pediu sua prisão e de mais outro envolvido no caso, ainda não identificado.
“Meu filho é um bom garoto”, diz mãe
Após visita à carceragem da Polinter, na quinta-feira, os pais de Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, falaram sobre a suspeita da participação do filho no crime que chocou o País. Segundo sua mãe, ele é um “bom garoto e não frequenta baile funk.”
“Não durmo, não vejo televisão, minha vida virou de cabeça para baixo depois disso. Meu filho é inocente. Não o vejo desde segunda-feira. Nem sei se podemos ir à rua, não sei o que vai acontecer”, afirmou Leila Maria Santos Perdomo, de 43 anos.
“Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Choramos quando nos vimos”, disse Silvio Cesar Duarte Santos, 50 anos, pai de Lucas, ao sair da carceragem da Polinter, onde ficou por cerca de 10 minutos. “Meu filho é atleta, é um bom garoto. Tem, inclusive, propostas de outros clubes.”
De acordo com a família do acusado, Lucas nunca teve nenhum envolvimento com a vítima. “Estamos mais tranquilos porque a justiça vai liberar o meu filho. Ele não vai mais à baile funk. Nunca ouvimos o nome dessa menina”, disse o pai.
O Dia