A ocupação do Palácio Gustavo Capanema, sede regional do Ministério da Cultura (MinC) no centro do Rio, completou uma semana nesta segunda-feira (23). O protesto foi motivado, entre outras questões, pela extinção do Ministério da Cultura pelo presidente da República interino Michel Temer. No sábado, o governo anunciou a volta do ministério.
De acordo com Guilherme Imbassahy, um dos membros do movimento Ocupa MinC, a ocupação também protesta contra o governo de Michel Temer. “Isso [ocupação] se deu através da soma de atos nacionais contrários ao cenário político atual. Nossa luta não é só pelo ministério. Ele foi apenas o começo. Nossa luta é contra esse governo ilegítimo e golpista de Michel Temer. O tema central é a saída dele”, explicou.
Por esse motivo, Imbassahy reiterou que, mesmo após a recriação do Ministério, anunciada no último sábado (21), o grupo não deixará o segundo andar do prédio que também abriga a sede da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e as sedes regionais do Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan) e do Ministério da Educação. “É importante o ministério ter retornado, mas ainda é muito pouco”, disse Imbassahy.
Ocupação
A Funarte ocupa o segundo andar do edifício; o Iphan está instalado no oitavo, nono e décimo andares, além de uma sala no sétimo andar do edifício. Os demais andares do prédio de 16 pisos é ocupado pelo Ministério da Cultura. Apesar da ocupação, os funcionários dos órgãos federais que funcionam no edifício tem livre acesso ao local.