Ainda segundo o peemedebista, a decisão foi “difícil”, mas “consiente e coerente”. Ele agradeceu a confiança da presidente durante os onze meses em que esteve à frente do ministério.
Às vésperas do encontro do diretório nacional do PMDB que sacramentará o rompimento com o governo, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, entregou sua carta de demissão. A informação foi confirmada pelo próprio ministro, por mensagem, no fim da tarde desta segunda-feira.
Alves é um dos ministros mais próximo do vice-presidente Michel Temer e vinha se debatendo sobre a hipótese de ficar ou não no governo.
Na carta de demissão, Henrique Alves admite que o diálogo “se exauriu”. Ele diz também que o momento nacional coloca o PMDB, diante do seu maior desafio “de escolher o seu caminho”, sob a presidência de Temer.
Temer encontrou-se no início da noite de domingo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. Segundo relatos de peemedebistas, Temer disse ao ex-presidente que não há mais condições de se reverter o quadro.
O vice-presidente se reuniu com peemedebistas para conseguir o desembarque unânime do partido do governo Dilma. Na noite de domingo, Temer recebeu em um jantar no Palácio do Jaburu o líder do partido no Senado, Eunicio Oliveira (CE), o vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), e o presidente da fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco. Pela manhã desta segunda-feira, recebeu para um café o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, um dos que ainda resistem em deixar o governo.
Nesta segunda-feira, o ex-presidente Lula lamentou a saída do PMDB do governo, em entrevista à imprensa estrangeira. Ele disse, no entanto, que não significará um abandono total do partido.
O Globo