Cerca de 90 pessoas, entre eles desempregados e profissionais liberais, acampam desde a noite desta quinta-feira (17) na orla da praia de Ponta Verde, região nobre de Maceió.
Espalhados por 30 barracas, os manifestantes –ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre)– são contra o governo federal petista e querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Estão no local há 24 horas e, desde as 16h de ontem, se revezam no local. O engenheiro civil Josan Leite, 45, um dos líderes do movimento, explica o local escolhido para o protesto: “É uma forma de manter o protesto nos jardins de Renan Calheiros”, disse ele nesta sexta (18).
Leite se refere ao fato de o senador do PMDB ter apartamento num luxuoso prédio em Ponta Verde, bem em frente ao local do acampamento.
Enquanto Leite dava entrevista para a Folha, acontecia no centro de Maceió um ato pró-PT. Segundo a PM, 1.500 pessoas estiveram no evento. Já os organizadores –integrantes do MST, da CUT e outros sindicalistas– contaram 8.000.
Apesar disso, não houve registro de confusão entre apoiadores do PT e defensores do impeachment.
Segundo Leite, o grupo pretende ficar no acampamento até Dilma renunciar ou sofrer um impeachment.
Leite conta que, para manter o acampamento, o grupo conta com doações de empresários e voluntários.
Além do acampamento, o grupo realiza atos à noite, como o que aconteceu no dia da posse de Lula na Casa Civil, que reuniu cerca de 2.000 pessoas em frente às ruínas do antigo Clube Alagoinhas, no bairro da Ponta Verde.
Folha de S.Paulo