A chama dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro passará por um acampamento de refugiados em Atenas e um refugiado estará entre os carregadores da tocha, disse nesta quinta-feira o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
A tocha será acessa na cidade grega de Olímpia, em 21 de abril, e viajará 12 dias depois para o Brasil, onde chegará em 3 de maio para um revezamento de três dias por diversas cidades de todas as regiões do país.
A Grécia se tornou a principal porta de entrada na Europa para mais de 1 milhão de refugiados no ano passado, a maior parte deles em fuga da guerra e da perseguição em países como Síria, Iraque e Afeganistão.
“A chama olímpica vai passar por esse acampamento aqui e será exibida aos refugiados”, disse Bach durante visita ao acampamento de Eleonas para refugiados e imigrantes, que abriga principalmente afegãos e iranianos, em Atenas. “Um dos refugiados será convidado a carregar a tocha.”
O COI já anunciou que atletas de destaque que são refugiados ou não têm um país de origem para representar serão autorizados a competir no Rio sob a bandeira olímpica.
“Queremos chamar a atenção do mundo para os problemas dos refugiados”, disse Bach.
A tocha dos Jogos Olímpicos é tradicionalmente acesa pelos raios de sol por meio de um espelho em uma cerimônia na cidade de Olímpia, no local da antiga Olimpiada, e o primeiro carregador parte de dentro do estádio.
Reuters