Com previsão de estreia para março, a nova temporada de “Os Dez Mandamentos” corre o risco de atrasar por uma série de motivos operacionais da própria Record.
A existência de vários compromissos que surgiram após o fenômeno da primeira temporada, como levar a história da TV para os cinemas, e o processo de arrendamento do RecNov para a Casablanca, foram alguns dos fatores que contribuíram para que os trabalhos da nova temporada avançassem muito pouco nas últimas semanas.
O NaTelinha elencou cinco razões pelas quais a produção empacou e tem dificuldades de sair do papel, mesmo restando apenas dois meses para sua estreia. Há ainda, como agravante, o fato de “José do Egito”, atualmente em cartaz, ser uma reprise e não ter possibilidade de ser esticada por muito mais tempo.
Planejamento:
Embora soubesse que “Os Dez Mandamentos” seria uma novela ousada e que poderia ser um grande sucesso, nem mesmo os executivos mais otimistas da Record acreditavam que chegasse a tal patamar.
Desta forma, a segunda temporada foi planejada às pressas e quando o folhetim – que já havia sido esticado -, estava caminhando para a reta final.
Sem como poder esticar mais uma vez a trama e com a própria Record envolvida em compromissos, como a terceirização e o desligamento dos funcionários do RecNov, optou-se por um hiato que foi representado pela volta de “Rei Davi” e agora por “José do Egito”.
Terceirização:
Diferente da primeira temporada, feita totalmente por profissionais da Record, a nova temporada será produzida pela Casablanca, produtora que arrendou os estúdios do RecNov.
Embora não tenha expertise em produções bíblicas, a Casablanca não chega a ser um motivo que contribua para o atraso da produção. Internamente, a produtora está com seus prazos em dia e só não avançou mais por conta da própria Record.
Novos colaboradores:
Um dos problemas enfrentados pela Casablanca e pela Record é a contratação de pessoal. Embora o acerto com o elenco seja mais fácil, a parte técnica tem a situação oposta.
Com orçamento reduzido, a Casablanca teve dificuldades para recrutar profissionais. Os que estão sendo recontratados, voltam por salários menores. E os que receberam convites da Globo ou de outras produtoras, não aceitam conversar por bases menores.
Filme:
O filme de “Os Dez Mandamentos”, que também foi elaborado às pressas, exigiu bastante energia de Alexandre Avancini, diretor-geral da novela.
A ideia inicial era que Avancini tirasse férias após o término da novela e após seu regresso, passasse a se dedicar à “Josué e a Terra Prometida”. Ele já chegou a se envolver com as duas produções em simultâneo – e com a chegada do filme, suas atenções se dividiram ainda mais.
Com as principais providências do filme já tocadas, Avancini agora voltará a focar na segunda temporada, a qual deverá emendar com “Josué”.
Roteiro:
Sem saber que teria que produzir uma nova safra de capítulos, Vivian de Oliveira correu contra o tempo para elaborar a sinopse e o texto da nova temporada de “Os Dez Mandamentos”.
A autora e sua equipe, que já vinham de um desgaste de quase 180 capítulos – quando a ideia inicial era aproximadamente 120 -, tiveram que criar mais 60 para esta continuação.
Os roteiristas praticamente não tiraram férias e emendaram um trabalho, que se encerrou no fim de novembro, em outro, que já começa em março. Apenas após a liberação dos roteiros é que Avancini e a Casablanca poderão começar a trabalhar.
Na Telinha
