O Comandante Hamilton não faz mais parte da equipe do “Cidade Alerta”, jornal vespertino da Rede Record. Em entrevista ao iG, na segunda-feira (14), o piloto confirmou que está alçando outros voos e agora vai se dedicar aos jornais da faixa matutina da programação, atendendo ao “Balanço Geral Manhã”, “SP no Ar” e “Fala Brasil”.
“A direção achou melhor trocar o horário porque no ‘Cidade Alerta’ estava meio complicado, eles não estavam usando muito o helicóptero”, disse o jornalista. “É muito caro manter o helicóptero no ar para não ser usado, e eu também sou um profissional caro para a emissora”, explicou.
A pouca utilização no programa não agradou o piloto. “Não é como se o helicóptero derrubasse a audiência. Pelo contrário, aumentava a audiência”, disse. “Às vezes a gente passava 3 horas no ar, encontrando ocorrências, e nem aparecia no programa”, reclamou. “Tenho mais de 20 mil horas de voo, para mim era chato ficar voando sem fazer nada”, confessou.
Apesar de não admitir um desentendimento com Marcelo Rezende, Hamilton não esconde que o trabalho com o apresentador do “Cidade Alerta” não era dos mais agradáveis. “O Marcelo é uma ótima pessoa, mas no programa é meio complicado. O personagem que ele criou para a TV gera um pouco de atrito”, disse.
O piloto ainda falou que a relação entre ele e o apresentador chegou a chateá-lo. “Voltava para casa chateado às vezes. Você não gostaria de trabalhar em um lugar onde leva dura o tempo todo”, desabafou.
O Comandante Hamilton comparou o apresentador do “Cidade Alerta” a seu antigo parceiro, José Luiz Datena. “Com o Datena era bem diferente, ele usava mais o helicóptero, tinha um improviso melhor, é difícil vencer ele na articulação”, disse.
Ele ainda afirmou que não pensou em voltar a trabalhar com o jornalista da Band. “Tenho contrato com a Record”, disse.
iG