A Polícia Civil de Alagoas informou, nesta quinta-feira (26), que prendeu o quarto suspeito de participação na Chacina de Guaxuma. O preso foi reconhecido pela criança de 5 anos, único sobrevivente do crime, por intermédio de uma psicóloga da Polícia Civil que vem acompanhando o menor desde o ocorrido.
Na chacina, ocorrida em um sítio de Guaxuma, no Litoral Norte de Maceió, o pai, a mãe e dois irmãos da criança foram mortos.
De acordo com o delegado José Carlos André, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a psicóloga ‘ouviu’ o menino e ele reconheceu a pessoa presa como sendo o agressor que usou um facão para agredi-lo, como também à sua mãe e seus dois irmãos mortos.
“A criança acredita que o pai está vivo, pois, segundo ele, o genitor teria sido atraído do interior da residência por esse mesmo suspeito e sido morto a uma distância aproximada de 400m da residência, o que faz o menor repetir (imaginar) que o pai saiu de casa para trabalhar”, adianta o delegado.
Os delegados – José Carlos André e Antônio Henrique -, que responsáveis pelo inquérito, informaram ainda que o suspeito foi preso em cumprimento de outro mandado de prisão em aberto, por outro crime, mas que já representaram pela prisão cautelar do suspeito em razão do crime de Guaxuma.
“Não vamos divulgar neste momento o nome do preso por questões de segurança na custódia desse suspeito e para não atrapalhar o restante das investigações”, explicou José Carlos.
O inquérito policial segue com outras diligências e a Polícia Civil investiga a relação entre o novo preso e os demais suspeitos, que continuam no sistema prisional, haja vista dois deles responderem por outros homicídios.
Os delegados aguardam ainda o resultado de diversas pericias requisitadas ao Instituto de Criminalística, inclusive a comparação de material genético dos suspeitos com objetos recolhidos na cena do crime.
Relembre o Crime
No dia 8 de novembro de 2015, um domingo, policiais militares encontraram quatro pessoas da mesma família – vitimou o caseiro Evaldo Soares da Silva Santos, de 28 anos; a esposa dele, Genilza da Silva Santos, 27; e os filhos do casal, Maria Eduarda da Silva Santos, de 9 anos, e Guilherme da Silva, de 2 – mortas em um sítio de Guaxuma, litoral norte maceioense.
Os corpos estavam espalhados pela residência, que estava completamente revirada. U criança de 5 anos foi encontrada ferida dentro de uma fosa. O menino foi socorrido ao HGE e agora é a única testemunha do crime conhecido como a Chacina de Guaxuma.
Quatro pessoas já foram presas suspeitas de participação no crime: Charly dos Santos Muniz, de 25 anos; seu irmão Crys Maykel dos Santos Muniz, 22; os outros dois não tiveram a identificação revelada. As investigações sobre o crime prosseguem sob sigilo.
Por Redação com Ascom PC/AL