Um dia após a instauração do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, desembarcou nesta quarta-feira em Brasília, ampliando o debate sobre a sucessão à presidência da Câmara. Ele esteve no Palácio do Planalto reunido com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Ricardo Berzoini (Governo) e o assessor especial Giles Azevedo. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani — filho de Jorge — é visto pelo Planalto como um fiel aliado e o melhor nome para assumir a vaga de Cunha.
Segundo relatos de deputados da base, a sucessão foi tratada na reunião com Dilma, que já esteve ao menos duas vezes com os Picciani desde meados deste ano para negociações diretas depois que Cunha rompeu com o governo. Depois, Jorge Picciani esteve também com o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão. Segundo relatos, a conversa também tratou da sucessão na Câmara, mas Valdemar teria dito que “não é momento” de se discutir o assunto e não ofereceu garantias de que o PR irá apoiar Leonardo Picciani para a presidência da Câmara.
O Globo