Enquanto muita gente apontava uma crise na agenda de shows de Claudia Leitte, ela se mudava para Los Angeles, na Califórnia, tirava um ano sabático para se dedicar aos projetos da Roc Nation – a produtora de Jay-Z, com quem assinou contrato – e gravava um disco todo em inglês, que será lançado no ano que vem. Agora, no segundo semestre, tal qual planejado, a cantora volta ao Brasil para arcar seus compromissos com o “The Voice Brasil”, com o carnaval baiano e o carioca também, já que continua como rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.
“Minha vida sempre foi corrida, sempre foi um ir e vir de lá pra cá. Já me adaptei a essa situação de viver como nômade. Só preciso ter gente competente ao meu lado, e isso eu tenho, para conseguir cumprir essa logística”, contou ela que deve ficar boa parte do mês de outubro no Brasil – por conta de compromissos profissionais -, e longe dos filhos, que ficaram nos Estados Unidos.
“Meu trabalho tem isso. Às vezes, fico mais tempo lá com a família e longe do trabalho aqui. E, às vezes, fico mais tempo com o trabalho, mas longe da família”, disse ela, momentos antes de experimentar o figurino que vai usar na final da escolha do samba na Mocidade, no sábado, 17.
O figurino, aliás, é um dos temas mais comentados quando se trata de Claudia Leitte. O que ela usa, o que muda no corte de cabelo e até no carnaval. Nem sempre de forma positiva, mas, aos 35 anos, ela diz que aprendeu a lidar com isso.
“No outro dia falei com uma amiga, Denise, e ela contou que foi ao salão, e que estavam pedindo uma franja igual a minha. Que já tinha ouvido falar do meu cabelo na rua, no escritório. Acho positivo fazer parte da vida das pessoas desse jeito. Eu dito moda. É claro que tem as críticas negativas também. Quando eu era menina, me incomodava mais com isso. Mas agora sou uma mulher, e entendo que não é pessoal, que é uma parcela muito pequena que me criticam. Eu me ligo nos meus fãs, nas pessoas que me amam, é isso que me norteia. Não me ligo no tamanho da onda, vejo o que vem depois, à frente”, diz.
No embalo de grandes ondas, ela ganhou um perfil elogioso no site da MTV americana, prepara o carnaval de 2016 com seu bloco Lagardinho e diz que a carreira internacional é uma consequência natural do seu trabalho.
“Recebi uma proposta bacana, ousada e fui atrás. Não vejo como carreira internacional, vejo tudo como a minha carreira. Sempre gostei de cantar em outros estilos e idiomas”, conta ela.
Perguntada se imaginava chegar tão longe, Claudia faz um paralelo entre o começo de sua carreira e o atual momento. “Sou muito feliz fazendo o que faço. Ainda tenho a alegria da menina de 3 anos, que subia em cima de mesa para fingir que estava cantando para uma plateia. É o que eu sei fazer. Deus me deu muito mais do que imaginei, e sei que é o povo que faz o show acontecer. Estou muito mais forte agora”, afirma.
Por Ego