O CSA escreveu mais um capítulo importante em sua história: disputou a elite do futebol brasileiro após 31 anos. Ficou na 18ª colocação, com 32 pontos, e caiu para a Série B. Técnico do Azulão na Conmebol de 1999 e ex-jogador, Otávio Quadros argumentou que a montagem do elenco em 2019 não foi ideal. Para ele, a troca de treinadores prejudicou o time.
– Praticamente não foi o Argel que montou o grupo. E, quando se trata de uma competição assim, fica bem mais difícil. Eu acho que o Argel tem condições de fazer um trabalho melhor, e a gente pode ver pelo Apodi. No Brasil, o único cara que conseguiu posicionar o Apodi de acordo com o adversário foi o Argel, coisa que os outros não fizeram…
Mudar o técnico no decorrer do campeonato, como aconteceu com a saída de Marcelo Cabo e a chegada do Argel, pode comprometer o desempenho do time. Para Otávio, isso aumenta o número de contratações e dispensas.
– Pegar a barca andando fica difícil… Assim como Cabo, que desde que chegou no CRB o time também teve uma evolução… Quem sabe se o Cabo tivesse chegado antes não subiria o CRB, né? Para quem trabalha ali (como técnico) é muito difícil, o futebol é muito difícil. É muita psicologia, muito trabalho, muito estudo. Mas a gente espera que daqui pra frente os dois (CSA e CRB) possam se estruturar.
Argel Fucks comandou o CSA por 25 rodadas — Foto: Felipe Nyland/ GloboEsporte
O CSA chegou a 47 contratações no ano, mas 28 jogadores deixaram o elenco antes do final do campeonato. Para 2020, Otávio destacou que é necessário evitar ao máximo mudanças no decorrer de competições como o Campeonato Brasileiro. O segredo é planejar.
– Mas eu sei também que pra se montar um elenco de sucesso, ou monta um grupo e contrata um treinador com esse perfil (de conhecer bem a equipe), ou chama o treinador pra ajudar a montar o grupo – opinou Otávio.
fonte: GloboEsporte