Youssef Nadarkhani, é um reconhecido pastor iraniano que foi preso em 2017 por “agir contra a segurança nacional”, após ter sua igreja doméstica fechada e ser duramente interrogado pelas autoridades.
Após pedir sucessivas vezes, que as autoridades do país revissem o caso dos filhos, que concluíram o ensino médio, mas não receberam os diplomas, em 23 de setembro, ele entrou em greve de fome.
O argumento da escola é que os adolescentes não frequentaram as aulas de islamismo, obrigatórias no currículo escolar do Irã. As autoridades apenas disseram que investigariam o assunto, mas nada foi feito, o que o levou à greve de fome.
Ele e sua esposa, ambos cristãos, pediram que seus filhos, Youeil e Danial, fossem isentos das classes islâmicas.
Cristãos, judeus e zoroastrianos são minorias religiosas reconhecidas no Irã e geralmente não são obrigados a ter aulas de estudos islâmicos e do Alcorão.
No entanto, filhos de pais que se converteram ao cristianismo ainda são vistos como muçulmanos e são punidos pelas autoridades educacionais.
Em uma carta às autoridades penitenciárias, Nadarkhani disse que sua decisão de greve de fome foi o “grito de um pai, injustamente preso” e foi “motivada pela necessidade de defender meus filhos como membros da minoria cristã que são violados por medidas discriminatórias tomadas por iniciativa de funcionários dos Ministérios da Informação e Educação Nacional”.
Essa discriminação dele e de filhos de outros convertidos cristãos tem sido objeto da cruzada legal de 11 anos de Nadarkhani, que foi preso a primeira vez em 2009, sentenciado com a pena de morte.
Em 2012, ele foi libertado, mas novamente preso, em julho de 2017, ele considerado culpado de agir contra a segurança nacional “promovendo o cristianismo sionista” e administrando “igrejas domésticas”. Ele foi condenado a 10 anos na violenta prisão de Evin, em Teerã.
fonte: GospelPrime