Ao participar da sessão de julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff que aconteceu nesta terça-feira (30), o senador Magno Malta não poupou críticas ao governo da petista.
Ele começou sua fala dizendo que ela não será cassada por ele ou pelos outros senadores, mas sim por Salomão e citou o versículo de Provérbios 16:18 que diz que “a arrogância procede a ruína”.
O senador capixaba lembrou de uma fala que ele proferiu ao senador Aécio Neves em 2014, após os resultados das eleições presidenciais, dizendo que o candidato derrotado não perdeu, mas sim teve livramento de Deus.
Magno Malta citou a Bíblia em outra frase, ao dizer que tudo que estava oculto precisava “vir à luz”, se referindo aos deslizes cometidos por Dilma Rousseff, erros esses que foram julgados pelo Congresso, resultando – muito provavelmente – em seu impedimento de continuar como presidente do Brasil.
“Foi a eleição dela que permitiu que as lambanças dela viessem à luz e tomamos conhecimento de todas elas para uma nação que acordou e que se sentiu traída”, afirmou.
Obviamente que, como um dos parlamentares que já apoiou o PT, o senador não deixou de citar os benefícios que o partido trouxe ao país. Porém, deixou claro que acredita sim que Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal e que, por este motivo, deve sofrer o impeachment.
Sobre ser acusado de participar do “golpe”, Magno Malta diz que prefere ser chamado de golpista do que ladrão e que golpe é levar “marmita” para os tesoureiros do PT que foram presos. “O que é não ser golpista? É bater palmas para essa lambança que fizeram com o dinheiro público?”, questionou.
“Hoje é o dia que o Foro de São Paulo caminha para o seu sepultamento definitivo”, afirma ele fazendo denúncias sobre a relação da presidente afastada com países como Cuba.
De forma irônica, ele terminou seu discurso cantando a canção “Deu Pra Ti”, de Kleiton & Kledir, sobre a volta de Dilma Rousseff para Porto Alegre (RS). “Deu pra ti/ Baixo astral/ Vou pra Porto Alegre/ Tchau”, cantarolou o senador que já estava com o seu tempo de discurso encerrado.