Apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, o lobista maceioense Fernando ‘Baiano’ Soares negou, em acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ter atuado como arrecadador de propina em nome do partido.
As informações foram publicadas nesta terça-feira, 11, pela revista Veja.
No entanto, voltou a admitir que atuou em “repasses pontuais” aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Polícia Federal pediu que Baiano e Costa ficassem frente a frente para esclarecer pontos sobre o propinoduto instalado na Petrobras. Ambos são delatores da Operação Lava Jato.
Em acordo de delação premiada, Baiano contou que o esquema de corrupção na área internacional da Petrobras começou em 2006, no governo Lula, e envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB) e o ex-ministro Silas Rondeau, que, após o mensalão, substituiu Dilma Rousseff na pasta de Minas e Energia. Todos negam as acusações.
Porém, Costa e Baiano divergiram sobre a relação do lobista com o senador Renan Calheiros. Enquanto Baiano disse que “jamais teve contato pessoal” com o peemedebista e que a propina foi tratada com Jorge Luz como intermediário, o ex-diretor da Petrobras declarou que o lobista admitiu a ele que se encontrou com Renan “em algumas oportunidades”.
Redação com Veja