Os casos recentes de automutilação de crianças e adolescentes têm chamado a atenção do poder público em Boca da Mata, município da Zona da Mata de Alagoas. A Defensoria Pública informou nesta terça-feira (28) que vai acompanhar a situação para garantir a saúde física e psicológica destes jovens.
Ainda não há oficialmente um número exato de casos e do período em que se intensificaram, mas o Conselho Tutelar do município informou ao G1 que eles vêm acontecendo desde 2019. O Conselho e as secretarias municipais de Saúde e de Educação devem definir, juntos, uma estratégia de levantamento para chegar a um número oficial.
A Defensoria Pública foi alertada pelo Conselho Tutelar sobre a situação. A partir daí, a defensora pública Lidiane Monteiro se reuniu na segunda (27) com os representantes das secretarias de Saúde e de Educação de Boca da Mata para discutir o assunto.
Na reunião, ficou definida a criação de um fluxograma de atendimento para que os casos de automutilação constatados sejam encaminhados para a rede especializada.
Ainda de acordo com a Defensoria Pública, cabe ao Município avaliar cada situação e fornecer acompanhamento psicológico, psiquiátrico, assistência social e terapia ocupacional à criança e ao adolescente.
“O Conselho Tutelar procurou a Defensoria Pública e nós resolvemos chamar a Secretaria de Saúde e de Educação para saber o que poderia ser feito a respeito. O Município já adotou algumas providências para atendimento das crianças e dos adolescentes por uma equipe especializada de profissionais. Nós vamos acompanhar esses casos para garantir a segurança desses jovens”, disse ao G1 a defensora pública Lidiane Monteiro.
Os órgãos que estiveram presentes na reunião se comprometeram ainda a estudar formas eficazes de combater o aumento dos casos de automutilação e manter a funcionalidade do fluxograma.
Aumento de casos em Alagoas
Em 2019, o Ministério da Saúde divulgou um aumento no número de casos de automutilação em Alagoas. De janeiro a setembro de 2019 houve mais casos em comparação a todo o ano 2018 e a todo o ano 2017.
Confira os dados:
2017: 1232 casos
2018: 1697 casos
2019 (de janeiro até setembro): 1154
Fonte:G1








