O CSA sofreu um duro golpe no Estádio Independência e volta para casa goleado por 4 a 0. Numa noite para apagar da memória, a equipe viu um Atlético-MG muito à vontade neste domingo. Jogou do jeito que quis, com um ritmo intenso, e venceu facilmente. Poderia ter feito muito mais.
A estratégia adotada pelo técnico Marcelo Cabo de começar o jogo com a marcação muito baixa, com duas linhas de quatro na frente da área, deu ao adversário a liberdade de ter uma posse de bola que girava em torno de 70%. Assim, o Atlético-MG ditou o ritmo da partida, trocou passes e foi incisivo.
Os toques rápidos, no chamado um, dois, não deram ao CSA qualquer possibilidade de impedir as investidas atleticanas, até porque faltou intensidade ao time alagoano. Era envolvido facilmente e também perdia a maioria das divididas. A marcação não funcionou.
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Defesa do CSA não acompanhava as triangulações do Atlético-MG — Foto: Rafael Araújo
A qualidade dos homens de frente do Atlético-MG, principalmente com a movimentação de Luan, Chará e Cazares, deixou a defesa azulina sem saber o que fazer. Substituto de Nilton [que sentiu um incômodo na coxa e não viajou para Belo Horizonte], Dawhan pareceu perdido em campo.
Se a defesa não funcionava, o setor de criação inexistiu. Com o Atlético em cima, o CSA errou muito também na saída para o jogo. Nos poucos momentos que tinha a bola nos pés, o time alagoano era muito lento, sem inspiração e facilmente anulado pelo Atlético-MG.
Nas tentativas de longa distância, principalmente com Matheus Sávio, a bola não ia nem em direção ao gol. Tanto que Victor não fez nenhuma defesa no jogo. Mais à frente, o ataque também não prendia a bola. Ela batia e voltava rapidamente.
Os laterais, Apodi e Carlinhos, não conseguiram chegar à linha de fundo e não foram eficientes na marcação. Pelo contrário. Foram presas fáceis para o ataque insinuante do Atlético.
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CSA foi muito lento na transição — Foto: Matheus Pimenta/Ascom CSA
Na segunda etapa, Marcelo Cabo fez as três substituições, mas nada mudou no rendimento da equipe. Primeiro, trocou Didira por Cassiano; depois, foi a vez de Maranhão dá lugar a Victor Paraíba e, por último, Apodi saiu para entrada de Celsinho, numa tentativa de fechar mais a defesa.
Com a derrota, o CSA continua na 17ª colocação do Brasileiro, com seis pontos. O próximo desafio azulino está marcado para domingo, às 19h, contra o Botafogo, no Estádio Rei Pelé.