A vida da operadora de caixa Marilza da Silva Dourado, 34 anos, mudou de forma drástica em maio deste ano, ao ser diagnosticada com câncer de mama. Moradora de Ceilândia, casada e mãe de três filhos, ela conta que a notícia foi um baque para toda a família.
De licença do trabalho por um ano, Marilza fez a retirada da mama esquerda, há pouco mais de um mês, e aguarda o resultado de exames para saber se terá de iniciar procedimentos de quimio e radioterapia. “Descobri depois de um exame de rotina, e a biópsia confirmou o câncer. Foi um baque. No começo, entrei em negação. Não quis acreditar”, contou. “Mas eles (familiares) me deram força para enfrentar, e estou mais tranquila e confiante. Apesar de ser nova, descobri que o câncer não tem idade e tem de se prevenir e tratar.”
Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e do Ministério da Saúde (MS) estimam a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer no Brasil em 2018. Segundo o levantamento, as estimativas para 2019 são as mesmas.
O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos a cada ano é o de pele não melanoma, o menos letal, com 165.580 novos casos. Entre as mulheres, as maiores incidências são de mama (59.700), intestino (18.980), colo do útero (16.370), pulmão (12.530), glândula tireoide (8.040), estômago (7.740), corpo do útero (6.600), ovário (6.150), sistema nervoso central (5.510) e leucemias (4.860).
Nos homens, os cânceres mais incidentes são os de próstata (68.220), pulmão (18.740), intestino (17.380), estômago (13.540), cavidade oral (11.200), esôfago (8.240), bexiga (6.690), laringe (6.390), leucemias (5.940) e sistema nervoso central (5.810). No DF, uma das mais altas estimativas é a de próstata, com 850 novos casos, e de mama, com 1.020.
Correio Braziliense